Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Laura de Medeiros |
Orientador(a): |
Méio, Maria Dalva Barbosa Baker,
Moreira, Maria Elisabeth Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44486
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Resumo: |
No início de 2015 uma epidemia do vírus Zika emergiu no Brasil e desde então se iniciou uma grande discussão sobre a síndrome congênita e o tipo de malformações que poderiam ocorrer nos fetos expostos. Existem escassas informações na literatura acerca dos seus impactos no médio e longo prazo e da relação da gravidade das alterações no desenvolvimento com o período em que a exposição ocorreu. Alguns neonatos se mostram assintomáticos ao nascimento e pouco se sabe sobre os danos neurológicos tardios. O objetivo deste projeto foi avaliar o neurodesenvolvimento destes lactentes expostos e assintomáticos, relacionando as alterações encontradas ao período gestacional em que ocorreu a exposição. Foi realizado um estudo prognóstico com uma coorte em seguimento que faz parte de um pré-projeto já aprovado pelo Comitê de Ética da instituição. A avaliação do neurodesenvolvimento dos lactentes foi realizada aos 12 meses de vida pela Escala de Desenvolvimento Infantil de Bayley 3a Edição e os resultados foram correlacionados com o trimestre gestacional em que houve exposição ao vírus. Foram incluídos no estudo 97 recém-nascidos e 36.1% deles apresentaram alterações de pelo menos um domínio avaliado, sendo que em 91,4% estas alterações corresponderam ao domínio da linguagem. Verificamos que houve uma distribuição homogênea dos escores anormais por trimestres de gestação, com uma discreta predominância nas infecções do primeiro trimestre Observamos um maior comprometimento no domínio da linguagem com a média das pontuações no limite inferior de normalidade. Este achado pode ser um indicador de possível comprometimento cognitivo, reforçando a importância de um acompanhamento minucioso do neurodesenvolvimento destas crianças e o desenvolvimento de mais estudos que avaliem este comportamento no longo prazo. |