Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Müller, Regina Elizabeth |
Orientador(a): |
Dutra, Maria Virgínia Peixoto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Fernandes Figueira
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3579
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Resumo: |
Objetivo: avaliar a evolução clínica, morbidade e mortalidade de crianças e adolescentes portadores de cardiopatia reumática em acompanhamento ambulatorial num centro terciário. Material e Métodos: estudo descritivo observacional longitudinal de base hospitalar. Foi realizada análise de prontuários de pacientes com 3-18 anos, acompanhados por no mínimo 2 anos no ambulatório do Instituto Nacional de Cardiologia no Rio de Janeiro. O diagnóstico foi confirmado pelos critérios de Jones e/ou exame ecocardiográfico com lesão reumática típica mitral e/ou aórtica. Banco de dados foi elaborado com o programa ACCESS 2000, e a análise estatística realizada com o programa EPI-INFO 2000. Foi considerado significativo o valor de α- 0,05. Resultados:139 prontuários foram incluídos no estudo. A mediana da idade no início do seguimento foi de 11 anos, 52,6% eram do sexo feminino. Quanto à forma de apresentação clínica 45,3% estavam no primeiro surto, 14,4% em recidiva e 40,3% na fase crônica. A mediana de idade dos pacientes crônicos e em recidiva era superior aos pacientes do primeiro surto de febre reumática (p-0,0001). O tempo médio de seguimento foi de 9,9 anos (2-21 anos). A lesão valvar predominante foi a insuficiência mitral (82,7%), seguida da insuficiência aórtica (55,9%) e da insuficiência mitro-aórtica em 45,3% dos casos. Houve redução importante dos percentuais de lesões valvares graves - tanto mitrais como aórticas - ao final do seguimento.Recidivas foram evidenciadas em 32,3%. Pacientes com profilaxia irregular ou sem profilaxia apresentaram a média do número total de surtos (2,4 surtos por paciente) superior a do grupo em profilaxia regular (1,4 surtos por paciente), com diferença entre os grupos estatisticamente significante (p-0,0009).A mortalidade foi de 4,3% (n=6) Todos os pacientes que evoluíram para óbito eram portadores de próteses valvares. O abandono de tratamento foi de 10,8%, sendo que 1,4% desses pacienteseram portadores de próteses mecânicas (n-=2). Procedimentos intervencionistas foram realizados em 45,3% dos pacientes - valvuloplastia por cateter balão em 2,9% e cirurgia cardíaca valvar em 42,4%. Reoperação foi necessária em 8,6% (2ª cirurgia) e 2,8% (3ª cirurgia). O procedimento mais realizado foi o implante de prótese mecânica mitral (31,3%), seguido por prótese mecânica aórtica (20,9%) e plastia mitral (18,6%). A endocardite infecciosa foi evidenciada em 8,6%, sendo a endocardite de prótese em 3,6%, responsável por 50% da mortalidade desta amostra, com letalidade de 25%. Outrascausas de mortalidade incluíram estenose grave de prótese biológica (n=1), estenose grave de prótese mecânica (n=1) e trombose de prótese biológica (n=1). |