Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Débora Santos da |
Orientador(a): |
Lara, Flávio Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13490
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Resumo: |
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que afeta a pele e os nervos periféricos, causando deformidades e incapacidades físicas devido aos danos nos nervos. A hanseníase é causada pela micobactéria Mycobacterium leprae, um patógeno intracelular obrigatório. A resposta a infecções bacterianas, virais ou parasitárias é acompanhada por diversas alterações relacionadas à hemostasia, como por exemplo, aumento nos níveis de fibrinogênio. Compreender de que modo essas alterações são induzidas nessas condições pode ser relevante para o desenvolvimento de novas ferramentas terapêuticas. Na preparação do soro de pacientes hansênicos observarmos algumas vezes a formação de um sólido coágulo lipídico, que aqui denominamos Coágulo Hansênico. Inicialmente atribuímos a uma exacerbação dos lipídios séricos a formação desse coágulo. Dos cerca de 2000 pacientes que foram atendidos no ambulatório Souza Araújo, entre os anos de 2009 e 2013, 35 apresentaram o coágulo hansênico (1,75%), dos quais 35% estavam em reação tipo II (ENH) na data da coleta. A análise desse coágulo por cromatografia em camada delgada de alta performance (HPTLC), eletroforese e espectrometria de massa, mostrou que além de uma grande concentração de lipídeos, o coágulo hansênico contém alto teor de fibrina/fibrinogênio e de imunoglobulinas Diante disso, o principal objetivo deste trabalho foi realizar a análise proteômica do coágulo hansênico e quantificar, no soro e plasma dos pacientes multibacilares em reação tipo II ou multibacilares não reacionais, moléculas que poderiam estar envolvidas na formação desse coágulo. Verificamos que a presença de coágulo hansênico está associada a níveis elevados de fator de von Willebrand e fator tecidual. Além disso, pacientes multibacilares reacionais apresentaram maiores níveis de fibrinogênio quando comparados aos pacientes multibacilares não reacionais. Acreditamos que nos pacientes multibacilares a alta carga bacilar e a resposta imune à mesma são responsáveis pelo dano tecidual e consequente liberação de moléculas de matriz extracelular, acarretando a exacerbação do processo de coagulação observada nos mesmos |