Participação em construção de políticas de saúde: o caso da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Hemmi, Ana Paula Azevedo
Orientador(a): Baptista, Tatiana Wargas de Faria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27008
Resumo: O presente estudo teve como objetivo analisar o processo de construção do documento Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) com ênfase na participação de diversos agentes sociais. Partiu-se de uma visão de ciência construcionista assumindo como referenciais autores das Ciências Humanas e Sociais para entendimento de política pública, Estado, democracia e participação. A pesquisa teve como recorte temporal o período de construção da PNAISH, ou seja, os anos que precederam 2009. Foram considerados os relatos de agentes sociais que participaram, de alguma forma, desse processo e que, naquele momento, ocupavam cargos estratégicos nas Sociedades Médicas brasileiras; acadêmicos e pesquisadores; ativistas sociais e membros de Organizações Não-Governamentais; membros da Área Técnica de Saúde do Homem do Ministério da Saúde;e o Ministro de Estado da Saúde. Os relatos foram obtidos por meio de entrevistas e por consulta a documentos tanto da Área Técnica de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, quanto da Câmara dos Deputados. Identificou-se que a política de saúde do homem tem como origem o forte envolvimento político da Sociedade Brasileira de Urologia. Pela análise do processo de participação, este se caracterizou por um convite feito a especialistas para que pudessem expressar seus conhecimentos a respeito da saúde do homem a partir de seminários realizados pela Área Técnica de Saúde do Homem. Pôde-se perceber que a concepção sobre a atenção à saúde do homem partiu de racionalidades distintas, uma relacionada à biomedicina e a outra à Saúde Coletiva e que, para além de um consenso de ideias realizado pelos técnicos e gestores da Área Técnica de Saúde do Homem, houve diferentes conflitos entre os agentes sociais que ora parecem se relacionar, de alguma forma, às essas racionalidades.