Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Marcos Vinícius Ferreira dos |
Orientador(a): |
Campos, Mônica Rodrigues,
Fortes, Sandra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40088
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Resumo: |
Objetivo: Verificar a associação entre qualidade de vida e padrões de consumo de álcool, transtornos mentais comuns (TMC) e características socioeconômicas no Brasil e especificamente na Atenção Primária em Saúde (APS) do município do Rio de Janeiro (RJ). Métodos: Trata-se de uma pesquisa composta por desenhos epidemiológicos distintos: um inquérito de base populacional, realizado com 3.070 indivíduos em 2012; um estudo transversal na APS-RJ com 624 pacientes, em 2012/2013; e um estudo de coorte APS-RJ com 102 pacientes, realizado em 2012/2013. Foram utilizados os instrumentos: General Health Questionnaire, Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), Screening for Somatoform Symptoms, Alcohol Use Disorder Identification Test e World Health Organization Quality of Life Instrument (brief version). No inquérito e no estudo transversal da APS, realizaram-se regressões lineares múltiplas e, na análise da coorte, empregou-se a regressão logística. Cada domínio de QV foi considerado desfecho nas três análises. Resultados: No inquérito, ter depressão ou ansiedade foram as condições que estiveram associadas, respectivamente, de modo mais intenso à perda de QV (β=-4,48 à -9,61; p-valor <5%). A dependência de álcool associou-se também à perda de QV, no domínio psicológico (β=-6,81) e nas relações sociais (β=-6,91). No estudo transversal, a QV associou-se negativamente aos TMC, principalmente, no domínio psicológico (β= -15,75; p-valor=0,00), e à dependência no domínio físico (β= -5,38; p-valor=0,05). Houve associação positiva e significativa da QV com consumo de risco (β= 5,77) e nocivo (β= 6,15) no domínio meio ambiente, e com o primeiro no domínio psicológico (β= 7,08). No estudo de coorte, verificouse que a melhora da QV foi significativa apenas nos domínios físico e psicológico. Houve associação estatisticamente significativa da melhora da QV física com redução de 5 pontos ou mais na HADS depressão (OR= 7,63) e da QV psicológica com redução de cinco pontos ou mais na HADS ansiedade (OR= 5,99) e ter ensino fundamental completo (OR= 2,30). O consumo de risco (OR= 0,25) e a dependência de álcool (OR= 0,12) foram fatores protetores da melhora da QV psicológica. Conclusões: O tratamento dos transtornos mentais e da dependência do álcool é estratégia essencial para melhor prognóstico dos pacientes, bem como a melhora da QV. Portanto, recomenda-se o uso da medida de QV pelo serviços de saúde como indicador para planejamento e avaliação das intervenções ofertadas aos indivíduos em sofrimento psicológico. |