Avaliação do controle clínico de hipertensos e diabéticos cadastrados em programa de acompanhamento da atenção básica (hiperdia), no município de Arcoverde, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Galindo, Alécio Jecem de Araujo
Orientador(a): Cesse, Eduarda Ângela Pessoa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Aggeu Magalhães
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35667
Resumo: As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no mundo contemporâneo, sendo que dentre os fatores de risco para o desenvolvimento de tais doenças, a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes melito desempenham papel preponderante. Com o objetivo de avaliar o controle clínico de hipertensos e diabéticos acompanhados na atenção primária à saúde, no período de fevereiro a abril de 2010, realizamos um estudo seccional, entre pacientes do Hiperdia, no município de Arcoverde, estado de Pernambuco. A amostra foi constituída de 279 indivíduos, com idade maior que 20 anos e que estivessem cadastrados no programa há no mínimo um ano. As variáveis contínuas, com distribuição normal, quando de associação, foram analisadas por meio de ANOVA de fator único, com o teste de Tukey utilizado para determinar a significância das diferenças entre os grupos. O teste t de Student também foi utilizado para comparações entre par de médias, com prévia análise das variâncias. Encontramos 198 hipertensos sem diabetes (70,9 porcento), 78 hipertensos com diabetes (28porcento) e 3 diabéticos sem hipertensão (1,1 porcento), 69,2 porcento dos indivíduos foram do sexo feminino, com média geral de idade 61,6±14,1 (IC95 60-63,3), mais de 70 porcento tinha até 4 anos de estudo e 67 porcento tinham como renda até um salário mínimo. Como hábitos de vida 6,1 porcento eram fumantes, cerca de 90 porcento não faziam uso de álcool e 24 porcento praticavam atividade física. No uso dos serviços mais de 46,6 porcento consultou-se apenas 1 vez no último ano, cerca de 45 porcento obtém os medicamentos por compra e 56,3 porcento fazem exames laboratoriais em rede privada. O risco cardiovascular foi intermediário a elevado em mais de 50 porcento dos indivíduos. Encontramos uma alta prevalência de sobrepeso e obesidade, apenas 15,8 porcento dos indivíduos tinha pressão arterial controlada e 12,3 porcento dos pacientes diabéticos estavam com níveis de glicemia aceitáveis. Apenas 1 porcento dos indivíduos apresentou controle clínico global. Como conclusão, observamos uma necessidade premente na ação do poder público, com medidas pontuais, que possam garantir o melhor funcionamento dos serviços.