Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Mariana Michel |
Orientador(a): |
Loyola Filho, Antônio Ignácio de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9914
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo determinar a prevalência e os fatores associados a interações medicamentosas potencialmente prejudiciais (IMPPs) entre idosos (60 + anos de idade) residentes na cidade de Bambuí, bem como identificar os princípios ativos mais frequentemente envolvidos nesses eventos e caracterizar essas interações quanto à gravidade. Participaram do estudo 1.132 idosos que utilizaram dois ou mais medicamentos simultaneamente. Esses participantes eram predominantemente do sexo feminino (68,6%), com idade entre 60-69 anos (54,8%), e 84,2% apresentavam pelo menos uma das doenças crônicas pesquisadas. Foram consumidos em média 4,2 medicamentos por participantes, e a prevalência do uso de cinco ou mais fármacos foi de 36,1%. A prevalência de IMPPs foi de 11,9%, das quais 13,2% foram classificadas como maiores e 66,5% moderadas. Os medicamentos mais frequentemente envolvidos em IMPPs foram diclofenaco (10,2%) e efedrina (9,8%) e a associação mais comum foi a de teofilina + efedrina (18,2%). As classes terapêuticas com atuação sobre o aparelho cardiovascular (36,8%) e sistema músculo esquelético (27,8%) foram as mais frequentes. A ocorrência de IMPPs foi mais frequente entre os usuários de polifarmácia, entre aqueles submetidos à hospitalização e a um maior número de consultas médicas, mas somente a polifarmácia permaneceu independentemente associada ao evento (OR= 4,49; IC 95% 2,93- 6,87). Na análise multivariada, as chances de exposição ao risco de IMPPs foram menores entre aqueles que apresentavam uma ou duas das condições crônicas investigadas, em comparação àqueles livres delas. O estudo constitui uma importante contribuição para a melhoria da qualidade de prescrição, integrando os esforços despendidos para reforçar as ações de farmacovigilância, especialmente na população idosa, em que os riscos no uso de medicamentos são agravados pela própria fisiologia do envelhecimento. Além disso, vem ajudar a preencher a carência de produção científica sobre o tema em populações idosas residentes em comunidade, em um cenário distinto do serviço de saúde, especialmente o hospitalar. |