Consumo alimentar de hipertensos e diabéticos: um olhar sob a perspectiva do processamento industrial dos alimentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barbosa, Maria Andressa Gomes
Orientador(a): Cesse, Eduarda Ângela Pessoa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55078
Resumo: A hipertensão arterial e o diabetes mellitus têm ocasionado significativos impactos na sociedade brasileira, e a alimentação relaciona-se diretamente ao seu tratamento e controle. A dissertação objetivou analisar o consumo alimentar na perspectiva do processamento industrial dos alimentos e fatores associados em hipertensos e/ou diabéticos de Pernambuco. Trata-se de um estudo transversal, derivado da pesquisa “RedeNut: Avaliação da inserção do Componente Alimentação e Nutrição na rede de atenção aos hipertensos e diabéticos em Pernambuco”. Realizado em Recife, Caruaru, Serra Talhada e Petrolina, entre 2015 e 2016, com usuários da Estratégia de Saúde da Família, com idade ≥20 anos e diagnóstico de hipertensão e/ou diabetes. Avaliou-se o consumo alimentar através de um questionário de frequência alimentar, com mensuração convertida em frequências diárias de consumo de alimentos in natura/minimamente processados, processados e ultraprocessados. A associação entre aspectos socioeconômicos, demográficos, antropométricos, clínicos e comportamentais ao consumo dos três grupos de alimentos foi verificada pelo teste U de Mann-Whitney e Kruskal Wallis. A maioria dos entrevistados eram mulheres, idosas, com baixo nível de escolaridade e renda. Houve maior consumo do grupo de alimentos in natura/minimamente processados em relação aos demais (p<0,005). O consumo de alimentos in natura/minimamente processados aumentou conforme o nível de escolaridade (p=0,004), renda (p<0,001) e entre os que consomem álcool (p=0,020). Todavia, consumiam mais ultraprocessados indivíduos <60 anos (p=0,015) e com renda >2 salários mínimos (p<0,001). Assim, preservou-se um perfil alimentar com predominância de alimentos saudáveis. Porém, alerta-se a necessidade da promoção da alimentação saudável, principalmente entre hipertensos e/ou diabéticos mais jovens e com maior renda .