Cuidado e Intersetorialidade nos estudos sobre a Primeira Infância: uma revisão integrativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mendes, Polyanna Nascimento
Orientador(a): Avanci, Joviana Quintes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59291
Resumo: Estudos sobre os primeiros anos de vida, período que vem sendo denominado como primeira infância, são crescentes no Brasil, inclusive produzindo importantes discussões que culminaram na promulgação do Marco Legal para a Primeira Infância, em 2016. Constitucionalmente atribui-se a responsabilidade compartilhada da família, sociedade e o Estado no cuidado das crianças pequenas, no entanto, há uma lacuna de conhecimento sobre ações de cuidado e intersetoriais nessa fase da vida. Este trabalho, a partir de uma revisão integrativa da literatura, busca analisar as concepções abordadas na literatura nacional sobre intersetorialidade e o cuidado na Primeira Infância, a partir do Marco Legal da Primeira Infância. A busca bibliográfica foi realizada entre outubro e dezembro de 2021 e incluiu artigos científicos, documentos, teses e dissertações nacionais, com resumos disponíveis e indexados nas bases Portal BVS, Redalyc, Portal Capes e Scopus. O acervo encontrado foi composto por vinte e cinco (25) publicações lidas integralmente e organizadas em uma matriz de dados. Os dados foram organizados e três categorias analíticas foram discutidas numa síntese interpretativa. Os achados mostram a necessidade de reflexão do cuidado de maneira ampliada, integral e enquanto prática social para enfrentar as práticas hegemônicas, capitalistas, dicotômicas, hierárquicas e que provocam apagamentos no cuidado e inviabilizam práticas intersetoriais. Identificou se que, em prol da garantia e efetivação dos direitos das crianças, se faz necessário a ampliação do entendimento do cuidado, considerando sua polissemia, suas relações éticas e socioculturais a partir do cuidado integral, considerando os sujeitos como ativos nessa relação, produzindo alteridade, emergindo sentidos ausentes e possibilitando a pluralidade das vivências. A intersetorialidade apesar de se apresentar como estratégia fundamental para a garantia de cuidado integral das crianças, especialmente as mais vulneráveis, ainda se mantém ambígua e com poucos resultados enquanto práticas na relação saúde e educação infantil. Mais estudos precisam ser realizados considerando a relevância das ações de saúde e educação para o cuidado, valorizando o presente e favorecendo que de fato se estabeleça um cuidado mais democrático e equitativo em nossa sociedade.