Fatores associados à transmissão vertical do HIV em crianças acompanhadas em um serviço de referência no Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Siqueira, Poliana Germano Bezerra de Sá
Orientador(a): Mendes, Antônio da Cruz Gouveia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30356
Resumo: A transmissão vertical do HIV é um evento multifatorial e evitável se forem adotadas as medidas de prevenção, contudo, continua sendo um importante desafio para saúde pública. Desse modo, o estudo se propôs a analisar a associação entre os fatores de risco e a transmissão vertical do HIV em crianças acompanhadas em um serviço de referência no Recife, entre 2010 e 2015. A pesquisa é composta por dois momentos, um descritivo e um analítico, no qual se desenvolveu um estudo observacional do tipo caso-controle aninhado a coorte de crianças expostas à TV do HIV.Houve aumento de crianças expostas àTV atendidas neste serviço, porém com redução de crianças infectadas,propiciando redução da taxa de TV de 15,1% em 2010 para 6,1% em 2015. A perda de seguimento verificada foi de 16,1%, sendo mais expressiva nas crianças provenientes da capital. A maior parte dos diagnósticos maternos ocorreu antes do parto, com maioria de partos cesáreos e as crianças nasceram a termo e com peso adequado.Observou-se maioria de mães soropositivas acima dos 20 anos de idade, com baixa escolaridade, procedentes de Recife e sem remuneração. Parcela importante recebia benefícios sociais, usava drogas ilícitas, não possuía abastecimento de água e esgoto sanitário.Os fatores associados à transmissão vertical do HIV foram: não possuir esgotamento sanitário (OR: 2,0), não realização de pré-natal (OR: 4,0), início tardio do acompanhamento pós-natal (OR: 8,1) e não realização da profilaxia durante gestação (OR: 3,7) e parto (OR: 3,9). A presente pesquisa permitiu aferir a taxa de transmissão vertical do HIV durante o período estudado e analisar os fatores de risco associados à transmissão vertical do vírus nas crianças atendidas no Serviço Assistência Especializada, revelando as fragilidades na implementação das medidas de prevenção da transmissão vertical, apontando a necessidade de intervenções mais eficazes, considerando o contexto social em que vivem estas pessoas.