Infecções sexualmente transmissíveis: percepção de adolescentes e jovens em uma instituição de ensino público de referência no estado do Piauí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sousa, Ranieri Flávio Viana de
Orientador(a): Mallet, Jacenir Reis dos Santos, Nascimento, Elaine Ferreira do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44248
Resumo: INTRODUÇÃO: Nos últimos anos as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) vem aumentando em todo o mundo, principalmente entre os jovens e adolescentes. Portanto, os adolescentes e jovens são considerados um grupo prioritário nas campanhas de prevenção devido ao alto risco de adquirir uma IST. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), as IST estão entre as causas mais comuns de doenças no mundo e podem ser consideradas um problema de saúde pública. Sendo assim, o ambiente escolar configura-se como um local onde os jovens podem esclarecer suas dúvidas, conversar e aprender sobre inúmeros temas, inclusive sobre as IST. OBJETIVO: Investigar o conhecimento e as atitudes que os adolescentes escolares têm em relação as infecções sexualmente transmissíveis. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, interpretativo, com uma abordagem quanti-quali realizado em uma escola de Ensino Médio profissionalizante do estado do Piauí. Os dados foram coletados por meio de questionário estruturado online e entrevistas semiestruturadas abordando as características sociodemográficas, culturais, comportamentais e os conhecimentos sobre questões relacionadas às IST. O perfil quantitativo foi descrito por meio de questionário online com 595 estudantes e a abordagem qualitativa através de interações face a face individual com 34 estudantes, perfazendo um total de 629 alunos de todos os cursos profissionalizantes da escola, com faixa etária compreendida entre 14 e 24 anos de idade, sendo o estudo realizado de maio a dezembro de 2019 Na análise bivariada, as variáveis que apresentaram associação ao nível de 10% foram incluídas na análise multivariada para calcular estimativas ajustadas de razão de chances. A identificação das variáveis associadas ao conhecimento dos adolescentes sobre as IST foi realizada por meio da análise multivariada através do programa IBM SPSS Statistics, com intervalo de confiança (IC%) de 95%. Já a dimensão qualitativa foi analisada a luz do método de interpretação de sentidos, com base em princípios hermenêuticos-dialéticos. RESULTADOS: A maioria dos estudantes (81,8%) não sabiam quais eram os principais sinais e sintomas das IST. As estudantes do sexo feminino sabiam mais informações em comparação ao sexo masculino (72,6% vs 27,4%). Os estudantes da área da saúde sabiam menos sobre as sintomatologias das IST quando comparados a estudantes de outras áreas. Outro dado importante é que o(a)s estudantes que não foram capazes de identificar os sinais e sintomas das IST, quando questionados, 63,9% afirmaram saber o que é IST, revelando o desconhecimento de parte do público estudado. Vale ressaltar que quanto maior o grau de instrução da mãe (13 ou mais anos de estudo) e quanto maior o acesso aos meios de informação, maiores são as chances de conhecer os principais sinais e sintomas das IST. CONCLUSÃO: A maioria do(a)s aluno(a)s não sabiam quais eram os principais sinais e sintomas das IST, isso é preocupante, pois esses jovens estão na fase de iniciação sexual. Assim, são necessárias ações educativas que visem o fornecimento de informações fidedignas, especificas e com amplo acesso direcionado a população de adolescentes e jovens com o intuito de favorecer a promoção da saúde uma vez que esta tem como finalidade influenciar positivamente a escolha e manutenção de práticas saudáveis e dificultar as práticas de risco.