Fatores genéticos e epigenéticos associados ao surgimento do carcinoma hepatocelular (HCC)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Raul Emídio de.
Orientador(a): Vasconcelos, Luydson Richardson Silva, Morais, Clarice Neuenschwander Lins de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53390
Resumo: Em contraste com a maioria das outras neoplasias malignas, o carcinoma hepatocelular (CHC), responsável por aproximadamente 90% dos cânceres primários do fígado, surge quase exclusivamente no contexto de inflamação crônica. Independentemente da etiologia, uma sequência típica de necroinflamação crônica, regeneração hepática compensatória, indução de fibrose hepática e cirrose subsequente muitas vezes precede a hepatocarcinogênese. Tais eventos são fortemente influenciados por fatores de modulação genética e epigenética, por exemplo, presença de polimorfismos e expressão diferencial de microRNAs, respectivamente, deste modo, esta pesquisa teve como objetivo identificar o perfil de expressão de microRNA’s, assim como, criar um classificador baseado em inteligência artificial a partir de polimorfismos associados ao surgimento do Carcinoma Hepatocelular. Para isso amostras de sangue, tecidos tumorais e não tumorais do fígado foram selecionados para análise de polimorfismos genéticos e sequenciamento de nova geração, e posterior, validação por RT-qPCR. Comparamos expressões de microRNA entre áreas hepáticas de CHC e não-neoplásicas. Encontramos que os polimorfismos rs1840680 e rs2305619 no gene PTX3, o -221 no MBL2, rs1800629 no TNF-α e rs2333227 no gene MPO estão associados ao risco de aparecimento de CHC. Além disso, foram construídos algoritmos computacionais de predição do surgimento do CHC, utilizando aprendizado de máquina com acurácia média de 70%. Os microRNAs hsa-miR-26a/b, hsa-let-7a/c e hsa-miR-125a-5p foram encontrados com níveis de expressão maior em CHC, tais microRNAs atuam desregulando vias de controle de ciclo celular, possivelmente potencializando o aparecimento do câncer primário de células hepáticas. Deste modo, propõe-se que genes PTX3, MBL2, TNFα e MPO podem desempenhar funções significativas na evolução do processo fibrótico em pacientes acometidos por esta hepatopatia. No entanto, mais amostras devem ser investigadas para confirmar e compreender seu papel durante o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular.