Avaliação da qualidade vocal de pacientes tratados de tuberculose laríngea antes e após terapia fonoaudiológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ruas, Ana Cristina Nunes
Orientador(a): Valete-Rosalino, Cláudia Maria, Rolla, Valéria Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9081
Resumo: A Tuberculose Laríngea (TL) é a mais freqüente doença granulomatosa de laringe, podendo invadir vias aéreas e digestivas superiores, causando lesões mucosas. O envolvimento dos tecidos da laringe podem alterar a flexibilidade da túnica mucosa das pregas vocais e conseqüentemente alterar a qualidade vocal dos pacientes. Como conseqüência, a disfonia é o principal sintoma da TL, estando presente em 96% dos casos diagnosticados. Apesar da grande incidência, poucos estudos foram realizados, principalmente no tocante ao tratamento e evolução das seqüelas pós-infecção. O objetivo deste trabalho é avaliar a incidência da disfonia pós-tratamento de tuberculose laríngea (TL) e o efeito da fonoterapia na qualidade vocal destes pacientes. Num total de 23 pacientes com diagnóstico confirmado de TB tratados no IPEC-FIOCRUZ, sete foram submetidos à terapia fonoaudiológica por até 6 meses, sendo avaliados por videolaringoscopia e análise acústica vocal computadorizada antes, durante e após o fim da terapia idade dos pacientes variou de 25 a 83 anos com média de 41,3 + 13,9 anos , sendo 5 mulheres e 18 homens. A disfonia esteve presente em 91,3% dos pacientes com TL, sendo o primeiro sintoma em 82,6% destes, só melhorando completamente após tratamento antituberculínico em 15,8%. O envolvimento das pregas vocais ocorreu em 78,5%, aritenóides em 65,2%, epiglote em 65,2%, pregas ariepiglóticas em 52,2%, e pregas vestibulares em 43,5%. Após fonoterapia, obtive-se melhoras estatisticamente significativas nos parâmetros Jitter, Shimmer, variabilidade de freqüência fundamental, tempo máximo de fonação e relação fricativas surda e sonora (S/Z). A incidência da disfonia após tratamento da TL é alta e a fonoterapia melhorou significativamente a qualidade vocal destes pacientes