Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Alves Filho, Pedro |
Orientador(a): |
Santos, Ricardo Ventura |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5075
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Resumo: |
No Brasil, ainda existe uma situação epidemiológica pouco favorável na saúde bucal, com um sistema de atenção odontológica insatisfatório. Não há estudos suficientes sobre a saúde bucal dos povos indígenas que forneçam subsídios para traçar um completo perfil epidemiológico das patologias bucais encontradas nessas sociedades. Este estudo teve por objetivo descrever a situação de saúde bucal dos índios Guarani do Estado do Rio de Janeiro e analisar as doenças bucais de maior prevalência que atingiram essa população pela realização de um inquérito epidemiológico. A metodologia contemplou critérios preconizados pela OMS para inquéritos de saúde bucal. Foi observado um crescimento dos valores do CPO-D, a partir dos 6 anos de idade. A perda dentária também foi identificada, surgindo na infância, evoluindo paulatinamente nas idades posteriores e atingindo mais da metade dos elementos dentários a partir dos 25 anos. As crianças e adolescentes Guarani, do Rio de Janeiro, demonstraram um CPO-D inferior à média nacional. Na análise dos elementos dentários hígidos e perdidos, por grupo etário e sexo, destaca-se o grande número de dentes perdidos nas mulheres. Os adultos apresentaram uma média de CPO-D inferior à média nacional. As mulheres Guarani apresentaram sangramento gengival em todas as faixas etárias, enquanto que entre os homens foi observada uma freqüência menos expressiva. A necessidade de prótese foi mais acentuada entre as mulheres adultas (particularmente na faixa 25-34 anos) quando comparadas aos homens. Não foram identificados casos de fluorose. O estudo contribuiu para mostrar a importância da continuidade de ações preventivas e de acesso ao tratamento. O investimento nas ações educativas e de promoção à saúde também é fundamental na melhoria da saúde bucal dos Guarani e exige uma percepção mais global que não se limite aos aspectos técnicos da odontologia. A promoção à saúde deve se dar desde o início da infância e mais ainda, desde o início do pré-natal e da gestação. Para tanto, devem ser implementadas políticas que garantam a continuidade da atenção, particularmente no que se refere à gestão dos recursos humanos que atuam na saúde indígena, por meio de educação permanente e de uma política de desprecarização do trabalho. |