Papilomatose de vias aéreas superiores: associação da resposta imunológica tecidual com aspectos clínicos, epidemiológicos, morfológicos e moleculares da infecção por HPV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Neiva, Gentileza Santos Martins
Orientador(a): Ramos, Eduardo Antônio Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22822
Resumo: Introdução: O Papiloma Vírus Humano (HPV) é agente etiológico de um grupo extenso de lesões do qual fazem parte a papilomatose laríngea recorrente (PLR) e os papilomas de cavidade nasal e oral, além de câncer cervical uterino, pênis e de região anal. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi descrever a resposta imune celular tecidual dos pacientes com PLR e não recorrente e naqueles portadores de papilomas de cavidade nasal e oral, identificando os tipos de HPV nas lesões. Material e Método: Foram incluídos nesta pesquisa 125 pacientes cujos laudos anatomopatológicos e blocos teciduais parafinizados foram oriundos dos arquivos anatomopatológicos do Hospital Santa Izabel no período de 2004 a 2008; e amostras teciduais dos pacientes atendidos no ambulatório do mesmo Hospital entre 2009 a 2012. A análise morfológica das lesões foi realizada pelo HE e Sirus Red. Para a avaliação imuno-histoquimica foram selecionados 36 pacientes cujas lesões apresentavam infiltrado inflamatório graduado como moderado e intenso. Foram pesquisados os seguintes marcadores celulares: CD1a, CD3, CD4, CD8, CD15, CD20, CD68, CD117, VS38, Ki-67. A detecção do DNA do HPV e a identificação dos tipos virais foram realizadas pela técnica de polimerização em cadeia (PCR) usando o Kit INNO-Lippa. Resultados: Os parâmetros clínico-morfológicos foram avaliados, entretanto não foi observada nenhuma diferença clínica ou histológica significante nas três localizações avaliadas. De um modo geral, foi observada uma baixa frequência de células CD68 nas amostras examinadas. A expressão de células de Langerhans através da pesquisa de CD1a foi negativa em todas as lesões. Os linfócitos T CD4 estiveram negativos na maior parte das amostras de PLR, papiloma nasal e oral. Os genótipos de HPV mais prevalentes nas lesões de PLR foram: HPV 6, 11, 16; nos papilomas nasais foram: HPV 11, 16, 52 e nos papilomas orais foram: HPV 16, 52, 58. Conclusões: Este estudo demonstrou uma baixa expressão de células T CD4, CD68 e de células de Langerhans CD1a positivas no infiltrado inflamatório das lesões papilomatosas. A frequência do HPV nos 36 casos submetidos a imuno-histoquímica foi de 77,8%. Tais peculiaridades da resposta imune tecidual encontradas no presente estudo poderiam facilitar a persistência da infecção pelo HPV e, no seu conjunto, possibilitariam uma redução na quantidade de células de Langerhans CD1a positivas