Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Barroso, Layssa do Carmo |
Orientador(a): |
Matsuura, Ani Beatriz Jackisch |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26559
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Resumo: |
Os dermatófitos constituem um grupo de fungos que apresentam afinidade queratinofílica, e estão grupados em três gêneros: Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton. Podem acometer pele, pelos/cabelos e unhas de pessoas e animais causando infecções, as chamadas dermatofitoses. Estes fungos são cosmopolitas e adaptados a clima quente e úmido podendo apresentar variação de incidência conforme a localização geográfica. O presente estudo teve como objetivo avaliar fatores associados às pessoas com dermatofitoses atendidas na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado em Manaus/AM no período de junho/2015 a junho/2016 e determinar os agentes etiológicos dessas dermatofitoses e possíveis fontes de contaminação. No período do estudo, foram aplicados questionários (considerando dados demográficos, clínicos e epidemiológicos) para 202 pessoas com suspeita de dermatofitoses, que foram coletadas amostras de pele, cabelo e unhas, sendo 66,3% do sexo feminino e 33,7% do masculino, com idades variando de 1 a 64 anos. As amostras foram submetidas a análise utilizando método de exame direto e cultivo conforme rotina do laboratório da FMT/HVD. Das pessoas com suspeita de dermatofitose foram confirmadas 32. Trichophyton rubrum foi o dermatófito mais frequente (isolado em 46,9% dos casos) e na maioria dos casos os pacientes apresentaram lesões em múltiplos sítios anatômicos. Trichophyton tonsurans e Microsporum canis foram encontrados na mesma proporção (cada uma em 15,6% de casos). Foram isolados em menor número Trichophyton mentagrophytes (12,5%), Microsporum gypseum (6,1%) e Trichophyton verrucosum (3%). Após a confirmação dos casos positivos de dermatófitos, foram realizadas visitas domiciliares na casa de alguns pacientes. Dos 32 pacientes positivos, foram realizadas visitas em nove residências, onde foram coletadas amostras de poeira domésticas, proveniente da limpeza realizada diariamente, solo peridomiciliar e de animais domésticos, totalizando 25 amostras. Destas, 6 amostras coletadas de pelo de gato foram positivas, sendo 5 para M. canis e 1 para M. gypseum, 1 amostra de solo positiva para M. gypseum e 1 amostra de poeira doméstica positiva para M. canis. Nos relatos dos pacientes constatamos que a grande maioria procurou serviço especializado após meses do aparecimento da lesão, ou ainda, quando a mesma se tornou mais evidente ou ocasionou lesão em outro sítio anatômico e ainda, quando houve reincidência. Com a análise a partir de fatores sociodemográficos, concluímos que gênero, fatores econômicos e habitacionais não apresentaram significância neste estudo, o que nos levou a considerar que estes aspectos não são fatores possivelmente associados as dermatofitoses diagnosticadas nas pessoas que procuraram o serviço de micologia da FMT/HVD. A pesquisa nas amostras ambientais mostrou que, embora não tenhamos obtido isolados semelhantes aos dos agentes causadores das lesões nos pacientes, temos que os fungos se encontram em circulação nos ambientes onde há movimentação de pessoas, podendo constituir fontes de infecções futuras. |