Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Macaiba, Ana Caroline Azevedo |
Orientador(a): |
Saad, Maria Helena Feres |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47383
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Resumo: |
Testes diagnósticos práticos, rápidos, de fácil operacionalidade e com potencial para formato point of care (POC) são necessários para a melhor eficácia do controle da TB, principalmente em populações negligenciadas ou de difícil manejo diagnóstico como a indígena. A organização mundial da saúde (OMS) divulgou perfis de produtos-alvo de alta prioridade (TPPs) para auxiliar no diagnóstico de TB: TPP1- teste não baseado em escarro, capaz de detectar TB através da identificação de biomarcadores com alta especificidade (Sp) \226598% e sensibilidade (S) >65 %; TPP2- teste de triagem para identificar pacientes de risco, que apresentem sintomas de TB, ou descartar a doença ou indicar para testes confirmatórios (Sp \226570% e S \226590). Os testes sorológicos são atrativos pelo potencial em preencher estas características, mas devido a heterogeneidade da resposta imune entre os pacientes é necessário explorar novos biomarcadores para adequar sua sensibilidade e/ou especificidade aos perfis TPP. Assim, este estudo propõe avaliar biomarcadores micobacterianos como produtos alvos auxiliares no diagnóstico da TB. As proteínas recombinantes PPE59 e a quimera F1 (MT10.3:MPT64) foram purificadas, padronizadas e ensaiadas para a detecção de IgA em soro por meio da técnica do ensaio imunoenzimático (ELISA). Soros de 113 indivíduos de origem indígena, dos quais 37 (33%) tinham TB pulmonar confirmada e 76 (67%) eram indivíduos sadios, foram testados. Os resultados das sorologias foram analisados isoladamente e em combinação entre si e com os resultados da microscopia em escarro (SM). A maioria dos indivíduos (62%) são do sexo masculino e 22 (59,5%) dos pacientes TB resultaram SM+ . A sensibilidade no ELISA IgA F1 (81%) foi superior ao do PPE59 (37,8%, p = 0.0003) e da SM (59%, p=0,04), ambos ELISAs obtiveram especificidades moderadas (76,3% x 89,5%, respectivamente). A combinatória dos resultados dos ELISA IgA F1 e PPE 59 não adicionou acurácia ao teste (S = 81%, Sp = 72,3%), mas com a adição dos resultados da SM houve um pequeno aumento na sensibilidade do ELISA IgA F1 (83,8 %) e moderado para PPE59 (70,2%). O ELISA IgA F1 identificou todos, exceto um (21/22, 95,4 %) dos casos SM+ , e 60% (9/15) dos casos SM- , enquanto PPE59 45% (10/22) e 20% (4/15), respectivamente. Portanto, o ELISA IgA F1, embora não perfeitamente, tem potencial para ser validada como um WHO-TPP adicional na identificação de pacientes suspeitos de TB em população indígena. |