Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Costa-Rocha, Ismael Artur da |
Orientador(a): |
Campi Azevedo, Ana Carolina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48366
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Resumo: |
A Febre Amarela é historicamente considerada uma das doenças infecciosas mais perigosas e como não há tratamento específico para a doença, a vacinação se torna a principal medida para seu controle. A crescente ocorrência de surtos em países da África e no Brasil vem aumentando a demanda pela vacina e induzindo um esgotamento dos estoques internacionais. Neste contexto, em 2009, Bio- Manguinhos iniciou um estudo clínico de dose resposta da vacina 17DD contra febre amarela, no qual a vacina foi reformulada em 6 doses decrescentes: 27.476UI (dose plena, considerada referência), 10.447UI, 3.013UI, 587UI, 158UI e 31UI. Este estudo avaliou a imunogenicidade das subdoses, bem como a duração da imunidade após um ano da primovacinação. No entanto, era fundamental avaliar também a duração da imunidade a longo prazo. Em 2017, oito anos após a primovacinação empregando as subdoses, tivemos a oportunidade de fazer esta avaliação em uma parceria com Bio-Manguinhos. Desta forma, o presente estudo visa avaliar aspectos fenotípicos e funcionais da memória imunológica celular, bem como, da memória humoral, no contexto da duração da resposta vacinal antiamarílica induzida pela vacina 17DD reformulada em doses menores oito anos após a primovacinação. Os resultados demonstraram que os indivíduos vacinados com doses menores apresentam níveis similares de anticorpos neutralizantes e fenótipos de memória celular, particularmente, memória central de CD4+ e memória efetora de CD8+ quando comparados com indivíduos vacinados com a dose plena de referência (27.476UI). Adicionalmente, a avaliação das proporções iterativas das taxas de soropositividade dos grupos vacinais, 8 anos após a primovacinação, revelou que apenas doses acima de 587UI induziram taxas de soropositividade aceitáveis (89, 90, 80 e 91%, respectivamente). Os dois principais correlatos de proteção (títulos de anticorpos neutralizantes e presença de memória efetora de células CD8+) foram similares em todos os grupos vacinais. Em conjunto, esses achados fornecem evidências positivas da duração da resposta imunológica induzida por doses menores da vacina antiamarílica 17DD administrada em 2009 e contribuem para o suporte do uso regular da estratégia de dose fracionada da vacina contra febre amarela em adultos. |