Padrões de consumo de álcool e fatores associados entre idosos brasileiros: Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 201

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Noronha, Beatriz Prado
Orientador(a): Peixoto, Sérgio William Viana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33971
Resumo: O álcool figura entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, ao lado do tabagismo, inatividade física e alimentação não saudável. Entre idosos, seu consumo pode aumentar a gravidade das doenças, afetar negativamente as relações pessoais o envolvimento social e a qualidade de vida, aumentando o risco de morte. Portanto, em um cenário de crescente envelhecimento populacional, o estudo dos padrões de consumo e identificação de grupos vulneráveis pode favorecer o desenvolvimento de políticas de promoção da saúde para esse segmento da população. O objetivo foi analisar o padrão de consumo de álcool entre idosos (60 anos ou mais) brasileiros e sua associação com fatores sociodemográficos, hábitos de vida e condições de saúde. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 10.537 idosos (90,1%) participantes da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. O consumo de bebidas alcoólicas foi classificado em não uso, uso leve/moderado e uso de risco. Utilizou-se o modelo de regressão multinomial para o estudo dos fatores associados. A prevalência para uso leve/moderado e de risco foi de 9,4% (IC95%: 8,4-10,6%) e 4,6% (IC95%: 4,0-5,3%), respectivamente. Os dois padrões de consumo foram inversamente associados à idade, mais frequentes entre homens, mais escolarizados, fumantes e que praticavam atividade física. O consumo leve/moderado foi menos frequente entre não brancos e entre aqueles com relato de AVC e diabetes, enquanto o consumo de risco foi menos frequente entre idosos com diagnóstico para doenças do coração e mais frequentes entre os que reportaram depressão. Esse resultado identifica perfis de maior vulnerabilidade, com pequenas diferenças entre os padrões de consumo. Essas informações devem ser consideradas na elaboração de propostas para promoção de hábitos saudáveis e controle do abuso de álcool em idosos.