Participação de miofibroblastos no processo de cicatrização influência do laser de baixa potência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Medrado, Alena Ribeiro Alves Peixoto
Orientador(a): Andrade, Zilton de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34000
Resumo: O reparo tecidual que se processa durante a cicatrização de ferimentos cutâneos se faz às custas de intensa proliferação celular, deposição de novos elementos da matriz extracelular, bem como seu posterior remodelamento. Nesta fase da cicatrização, entre muitos outros elementos celulares, destacam-se os miofibroblastos. Diversas variáveis podem interferir no curso da cicatrização tecidual, incluindo fatores endógenos e exógenos. Um dos fatores exógenos recentemente estudado é a terapia com laser de baixa potência. Contudo, a eficácia desta fototerapia tem suscitado opiniões contraditórias, e numa tentativa de contribuir para o seu entendimento, ela foi particularmente considerada. Realizaram-se ferimentos cutâneos padronizados no dorso de 72 ratos Wistar, e em seguida, aplicação pontual do raio laser de baixa potência do tipo Ga-As-AI com diferentes densidades de energia. Os animais foram sacrificados com 24, 48 e 72 horas, bem como, 5, 7 e 14 dias. Procedeuse a análise das secções teciduais coradas por hematoxilina-eosina, sírius vermelho e orceína. Para a realização do estudo dos miofibroblastos, os anticorpos anti-vimentina, anti-actina-alfa de músculo liso e anti-desmina foram usados pela técnica de imunohistoquímica. As características ultraestruturais destas células foram estudadas através da microscopia eletrônica de transmissão. Observou-se que nos grupos submetidos à laserterapia, houve maior redução de edema e infiltrado inflamatório, assim como desgranulação de mastócitos. Com a evolução da cicatrização, os níveis de colágeno demonstraram-se mais pronunciados nos grupos tratados com laser. Com relação às fibras elásticas, não se constatou diferenças entre os grupos. A marcação imunohistoquímica de miofibroblastos expressando o fenótipo desmina/actina alfa de músculo liso foi mais evidente nos 3°, 5° e 7° dias do período pós-operatório, e foi superior nos grupos tratados. Os achados ultraestruturais revelaram a presença de células com filamentos intracitoplasmáticos, corpos densos abaixo da membrana plasmática, rico retículo endoplasmático rugoso e núcleo chanfrado. O grupo tratado com 4 J/cm2 de densidade de energia apresentou resultados mais favoráveis, comparativamente ao de 8 J/cm2. O laser contribuiu para a redução do edema pós-operatório, e proporcionou um aumento do colágeno, em comparação ao grupo controle. Adicionalmente, induziu uma maior expressão de miofibroblastos no leito do ferimento.