Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Assis, Sheila Soares de |
Orientador(a): |
Schall, Virgínia Torres |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6956
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Resumo: |
A dengue integra o conjunto de doenças negligenciadas, constituindo-se como um grave problema de saúde pública em todo o mundo, inclusive no Brasil. A abordagem dos aspectos relacionados ao processo saúde-doença é uma responsabilidade partilhada entre os serviços de saúde e os de educação. No ensino formal, os temas relacionados à saúde devem ser tratados de forma transversal. Entretanto, historicamente a responsabilidade da abordagem deste tema tem recaído sobre os componentes curriculares das disciplinas de ciências e de biologia. No cenário nacional, o estado do Rio de Janeiro possui grande representatividade por concentrar índices elevados da doença. O Estado possui a segunda região urbana mais populosa do país, a região metropolitana do Rio de Janeiro. Neste contexto, o município de Itaboraí tem se destacado pelo elevado número de casos notificados da doença nos últimos anos. Aliado a este fato, há expectativa de aumento demográfico na região para os próximos anos, requerendo a maximização das ações de educação em saúde, voltadas à prevenção da dengue, realizadas de forma integrada pelos serviços de saúde e educação. Neste sentido, o Programa Saúde na Escola (PSE) caracteriza-se como uma importante estratégia para estas ações se materializem. Assim, sob enfoque qualitativo, a pesquisa se propõe a analisar percepções expressas por professores de ciências e biologia e de profissionais de saúde, que atuam em uma localidade do município de Itaboraí (RJ), sobre as ações educativas executadas para auxílio à prevenção da dengue e os recursos pedagógicos (livros didáticos e materiais impressos) destinados a estas ações. Participaram do estudo 23 sujeitos, dentre os quais sete são professores de ciências e biologia e 16 profissionais de saúde. Os entrevistados integram instituições participantes do PSE. Estes foram entrevistados a partir de roteiros semiestruturados. Os dados foram tratados empregando-se a análise de conteúdo (BARDIN, 2009). O tema da dengue foi também analisado nos livros didáticos de ciências e biologia indicados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD/2008 e PNLD/2011) e Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM/2009) (n=40), respectivamente e nos materiais educativos/informativos impressos (n= 17) disponibilizados a estes profissionais no município de Itaboraí. Os resultados indicam que materiais impressos e livros didáticos, evidenciam incorreções científicas e inadequações no que se refere ao conteúdo, linguagem e ao contexto sociocultural da área de estudo. Além disso, verificou-se ausência de articulação entre ambos os setores, saúde e educação. Os entrevistados expressaram conhecimento superficial sobre a doença e as ações educativas executadas não se processam de forma integrada. Os dados apontam para a necessidade de maior rigor na elaboração e avaliação dos materiais educativos/informativos e didáticos em relação à abordagem da dengue. Indica-se a implementação de estratégias de educação permanente vinculada à perspectiva do PSF e abordagem do agravo junto às duas esferas investigadas. |