Entre poucas prescrições e subversões: o jeitinho de fazer saúde do agente comunitário de Manguinhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vianna, Eliane Chaves
Orientador(a): Brito, Jussara Cruz de, Gomes, Luciana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40234
Resumo: Esta tese tem como tema central o trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS) inserido na Estratégia Saúde da Família de Manguinhos. Aborda seu cotidiano de trabalho no tocante a seu jeito de fazer saúde, as construções por ele elaboradas na tentativa de lidar com as adversidades encontradas, além de discutir os possíveis agravos à saúde relacionados às suas condições de trabalho. Buscamos identificar as interferências deste trabalho na saúde e na vida deste trabalhador, considerando o ponto de vista da atividade, a partir das Clínicas do Trabalho. Esta pesquisa utilizou a combinação de diferentes instrumentos metodológicos (qualitativos e quantitativos), buscando a integração das perspectivas do fenômeno estudado, na tentativa de melhor compreendê-lo. Recorremos ao instrumento de coleta de dados denominado INSATS (Inquérito Saúde e Trabalho em Serviço), à observação participante e à entrevista em grupo, sendo os dados analisados a partir do enfoque qualitativo. Como resultado, indicamos um jeitinho ACS de fazer saúde, baseado na flexibilidade, na criatividade e, principalmente, no pertencimento e solidariedade à comunidade a que assiste e onde reside. Este pertencimento favorece o desgaste emocional, que pode vir a influenciar seu comportamento através de problemas como alteração de humor, estresse, depressão, tristeza ou ansiedade, mas, ao mesmo tempo, contribui para a construção do sentido do trabalho, possibilitando a transformação do sofrimento em prazer, constituindo-se na razão de sua permanência na profissão.