Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pavão, Beatriz Philot |
Orientador(a): |
Soeiro, Maria de Nazaré Correia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23069
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Resumo: |
O uso de sangue autólogo (SA) representa uma prática médica alternativa/complementar empregada em diversas propostas, incluindo terapia médica e veterinária contra infecções, patologias crônicas e neoplasias. Uma das técnicas de aplicação desta prática é a administração intramuscular do sangue imediatamente após sua coleta, sendo esta considerada ilegal no Brasil, devido à escassez de dados científicos relacionados à sua segurança e eficácia. Assim, nosso objetivo é investigar possíveis eventos adversos do uso de SA em modelos murino sadios e seu potencial impacto no curso da infecção experimental aguda pelo Trypanosoma cruzi. O primeiro bloco de estudos consistiu na injeção de SA e salina (SAL) na região posterior do músculo quadríceps de camundongos Swiss Webster machos saudáveis em esquemas terapêuticos distintos, avaliando: comportamento animal, peso corpóreo e de órgãos, hemograma, análise bioquímica plasmática e histológica para dano tecidual, assim como perfil plasmático de citocinas inflamatórias. Observamos ausência de efeitos adversos frente aplicação de SA, exceto na alteração da marcha (20-40%) dos animais que receberam três doses de 20 \03BCL de SA no mesmo membro. O uso de SA e SAL desencadeou imediata resposta polimorfonuclear (até 24 h) seguida por infiltrado mononuclear (48h - 168 h). Porém, apesar de SAL ter deflagrado uma resposta inflamatória (possivelmente por estresse mecânico induzido pela própria agulha e volume injetado), a cinética e intensidade do perfil histológico e dos níveis de mediadores humorais diferiram, ocorrendo de forma mais precoce e intensa, concomitante elevação de IL-6 quando utilizamos SA. SAL induziu um pico inflamatório mais tardio com predominância de células mononucleares (48 - 168 h) e aumento de IL-10 em 24 h. No segundo bloco foi investigado se SA seria capaz de impactar no curso de uma patologia parasitária utilizando como modelo a infecção aguda em murinos causada pelo T. cruzi, o agente etiológico da doença de Chagas. Os ensaios exploraram diferentes esquemas (pré-infecção e pós-infecção) e períodos de administração de SA (1 a 10 dias). Investigamos o impacto do uso de sangue heterólogo (SH), avaliando o perfil de citocinas em animais tratados e não tratados. Independentemente do esquema de estudo, ligeiros decréscimos (<30%) nos níveis de parasitemia foram encontrados com uso de SA, enquanto a droga de referência (Benznidazole-Bz) suprimiu a carga parasitária. A terapia com SA e SH antes e após a infecção não protegeu contra a mortalidade enquanto o Bz (pós-infecção) (100mg/kg) conferiu 100% de sobrevida Um aumento de IFN-gama, TNF-alfa e IL-6 foi detectado no 9º dpi nos animais infectados, porém apenas o uso de Bz reduziu significantemente os níveis (p = 0,02) de TNF-alfa em relação ao grupo infectado e não tratado. Nossos dados não suportam evidências do efeito protetor de SA sobre infecção experimental causada pelo protozoário intracelular T. cruzi e estudos adicionais em diferentes condições patológicas, incluindo infecções causadas por outros parasitos, é de relevância para uma melhor compreensão do efetivo impacto deste procedimento, como abordagem terapêutica complementar. |