Um olhar sobre o sertão: as fotografias do relatório da expedição científica de Arthur Neiva e Belisário Penna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Azevedo, Maria Cecília Neves de
Orientador(a): Sanglard, Gisele Porto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24004
Resumo: Este estudo analisa as fotografias publicadas no relatório da expedição científica liderada por Arthur Neiva e Belisário Penna, em 1912 e suas contribuições para os estudos em Medicina Tropical, desenvolvidos no Instituto Oswaldo Cruz nas duas primeiras décadas do século XX. A expedição percorreu o norte da Bahia, sudoeste de Pernambuco, sul do Piauí e de norte a sul de Goiás, requisitada pela Inspetoria de Obras Contra as Secas, órgão do Ministério da Viação e Obras Públicas, com o objetivo de fazer um levantamento sanitário e epidemiológico das regiões flageladas pela seca. O relatório da expedição foi publicado em 1916 no periódico Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, causando grande repercussão entre médicos, políticos e intelectuais, por apresentar em texto e imagens, um sertão doente e abandonado pelo poder público. A fotografia foi um dos recursos privilegiados no Instituto Oswaldo Cruz, sendo aplicado em estudos e pesquisas e para promover a própria instituição. O olhar dos cientistas agregando questões sociais e saúde pública é percebido nas fotografias publicadas no relatório, que apresentou um verdadeiro levantamento das condições locais, necessárias para os estudos em medicina tropical, que consideravam o meio como um fator preponderante para a disseminação de certas doenças e que, portanto, o seu conhecimento era crucial. Esse registro visual colaborou para o entendimento das condições existentes nas regiões e para a tomada de medidas adequadas. Um verdadeiro mapeamento das regiões foi feito, muito útil para as pesquisas desenvolvidas, à época, no Instituto Oswaldo Cruz.