Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Daniele Pinto da |
Orientador(a): |
Vieira, Ana Luiza Stiebler |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5468
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Resumo: |
Partindo do pressuposto de que a Saúde Pública e a Saúde Mental coabitam um mesmo plano, que vem a ser um plano de intervenção tecno-política no processo de subjetivação do sujeito em sofrimento, o presente estudo discute a possibilidade de emergência de novas relações entre aquele que cuida e aquele que é cuidado nas estratégias da atenção básica em saúde. Possui como objetivo principal mapear as modalidades de atenção em saúde mental desenvolvidas numa Unidade Básica, do município do Rio de Janeiro, visando, assim, conhecer o comprometimento e a articulação das ações desenvolvidas neste âmbito com as novas estratégias de cuidado às pessoas em sofrimento psíquico, em consonância com as proposições da Reforma Psiquiátrica. Presume-se que existe a necessidade de potencializar os espaços de produção da saúde na Atenção Básica como dispositivos de acolhimento capazes de contribuir para o processo de inversão do modelo de atenção em saúde mental, em curso no Brasil. Procura-se conhecer os modos de cuidado oferecidos pelos profissionais de saúde às necessidades de saúde que emergem como sendo problemas de saúde mental, elencando alguns eixos de análise considerados como possíveis norteadores de uma nova práxis, sejam eles: a noção de acolhimento, de escuta do sujeito e de integralidade. Esta análise pautou-se na observação participante, na condução de entrevistas semi-estruturadas com alguns profissionais de saúde da Unidade e da Estratégia Saúde da Família e, também, na coleta de informações dos prontuários, através de um instrumento desenvolvido para tal finalidade. Considera-se que a investigação realizada, que assume a perspectiva de um dos co-produtores deste cuidado - os trabalhadores em saúde -, pôde identificar modos de agir em saúde mental na rede básica em que ainda predominam o modelo biomédico de organização da atenção à saúde, a psiquiatrização do cuidado em saúde mental, a burocratização do processo de trabalho e o centramento nas ações intra-muros. A partir desta cartoia da produção do cuidado em saúde mental na Atenção Básica, indaga-se que outros fazeres podem ser desenhados neste processo de inclusão dos cuidados primários no campo da Atenção Psicossocial. |