Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Dóczy, Andréa de Paiva |
Orientador(a): |
Silva, Rondineli Mendes da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49684
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Resumo: |
No Município do Rio de Janeiro, a atenção primária em saúde (APS) passou por um intenso processo de expansão pelo aumento da cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), ocasião que propiciou a contratação de farmacêuticos para atuar nas unidades básicas de saúde. Este profissional contribui no fortalecimento da APS, por meio da prestação Serviços Farmacêuticos (SEFAR). Este estudo objetivou analisar as contribuições do curso Serviços Farmacêuticos na Atenção Primária em Saúde (SFAPS) para a prática profissional e gestão do trabalho. Distintas estratégias metodológicas envolveram análise documental (AD) de diversos documentos internos ao curso e a realização de grupo focal (GF) com atores-chave; além da aplicação de questionário autorrespondido dirigido aos egressos do curso formados entre 2011 e 2019. As duas primeiras estratégias (AD e GF) permitiram descrever os antecedentes, além de características sobre o curso. O GF e o questionário responderam sobre as contribuições, fragilidades e fortalezas da formação, além do perfil dos egressos. Face à complementaridade entre os métodos, os resultados foram analisados transversalmente e os dados qualitativos passaram por análise temática de conteúdo. O curso contou com 13 ofertas entre 2011-2019, com 328 alunos formados e baixa taxa de evasão (5,7%). Sua estrutura curricular foi padronizada ao longo dos anos, operacionalizada a partir de metodologias ativas de aprendizagem e avaliação apoiada em projetos de intervenção. De maneira geral, os respondentes apresentaram elevados graus de concordância (graus 4 e 5) sobre as diversas afirmativas das contribuições do curso SFAPS. As questões técnicas gerenciais e assistenciais, especialmente a gestão de estoques e a dispensação qualificada de medicamentos foram sinalizadas como maiores, enquanto a implementação de trabalhos de final, a capacidade de colocar em prática temas discutidos, a realização de visita domiciliar e o gerenciamento adequado de resíduos dos serviços mostraram menores graus de concordância. Ampliação do conhecimento e a carga horária de 80 horas foram reconhecidos, na perspectiva dos egressos, como principais fortalezas e fragilidades do curso, respetivamente. A baixa governabilidade dos farmacêuticos na tomada de decisão gerencial pode interferir sobre as ações assistenciais nas unidades da APS. O curso mostrou-se como estratégia de qualificação do cuidado em saúde, na perspectiva de prestação de serviços farmacêuticos aos usuários e à equipe de saúde. |