Perfil de Microvesículas Circulantes como Fator Prognóstico na COVID-19 Grave.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Magalhães, Laura Peixoto
Orientador(a): Carvalho, Andréa Teixiera de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: s.n.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59657
Resumo: Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2 e responsável pela morbidade e mortalidade de milhões de pessoas em todo o mundo desde 2019. A sua rápida disseminação e o seu potencial de gravidade tornaram fundamental a busca por ferramentas prognósticas laboratoriais complementares. Objetivo: caracterizar o perfil de microvesículas (MVs) circulantes como fator prognóstico na COVID-19. Método: foram incluídos 39 pacientes com COVID-19, com idade entre 30 e 85 anos, de ambos os sexos, e avaliados em 3 tempos (admissão, após 7 dias e após 14 a 21 dias). Foram também incluídos 32 indivíduos no grupo controle saudável. As análises fenotípicas das MVs foram realizadas por citometria de fluxo. Resultados: observou-se aumento significativo de MVs totais no grupo COVID-19 em relação ao grupo controle em todos os tempos analisados, principalmente pelo aumento de MVs derivadas de neutrófilos e de células endoteliais. Além disso, houve redução significativa das MVs derivadas de monócitos, de linfócitos T e de plaquetas no grupo COVID-19 em relação ao grupo controle no tempo 0. Dentre os pacientes COVID-19, houve aumento significativo das MVs totais, das derivadas de neutrófilos e eritrócitos no grupo óbito em relação ao grupo alta. Análise discriminante univariada obteve 88% de acurácia ao diferenciar pacientes COVID-19 de indivíduos saudáveis pelo uso de MVs totais, neutrofílicas, monocitárias e linfocitárias, bem como 77% de acurácia ao discriminar pacientes COVID-19 quanto ao desfecho com base em MVs totais e neutrofílicas. Por fim, árvore classificatória construída após análise multivariada demonstrou 28% de chance de óbito em pacientes com elevação de MVs derivadas de neutrófilos e de monócitos. Conclusão: os achados sugerem que MVs podem desempenhar papel importante como biomarcadores para a avaliação prognóstica em pacientes com COVID-19.