Tipagem molecular e investigação dos genes toxigênicos em staphylococcus aureus isolados de amostras clínicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Andrade, Mariana de Azevedo
Orientador(a): Balbino, Tereza Cristina Leal, Leal, Nilma Cintra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3960
Resumo: Os estafilococos são bactérias oportunistas, vastamente distribuídas na natureza e fazem parte da microbiota normal da pele e mucosas de mamíferos e aves. Staphylococcus aureus é o patógeno humano de maior importância entre os estafilococos por causar infecções severas, de origem comunitária e hospitalar. Além de infecções da pele, S. aureus pode causar intoxicação alimentar, por produzir enterotoxinas (SEs); Síndrome da Pele Escaldada, causada pela produção de toxinas esfoliativas (ETA e ETB) e síndrome do choque tóxico, causada pela toxina 1 da síndrome do choque tóxico (TSST-1). Neste estudo, foram analisados oitenta isolados clínicos de S. aureus, oriundos de diversas fontes de infecção e diferentes setores de um hospital público da cidade do Recife/PE. A PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) foi aplicada para detecção dos genes das toxinas estafilocócicas e uma variação da PCR, a PCRmultiplex, permitiu numa mesma reação detectar vários genes responsáveis pelas exotoxinas, contribuindo para o estudo da epidemiologia da bactéria mencionada e seu envolvimento em infecções humanas. Foi investigada, também, a diversidade dos isolados de S. aureus e sua distribuição no ambiente hospitalar, através da análise do polimorfismo da região 3’ terminal do gene da coagulase (PCR coa) e da região intergênica 16S-23S dos operons ribossomais (ribotipagem-PCR). Os genótipos dos genes toxigênicos encontrados entre os isolados de S. aureus foram seg, isoladamente, ou em associações, seg + sec, seg + sea, seg + seb, seg + tst, seg + eta, seg + seh, seg + sec + tst, seg + sea + seh, seg + sea + seb + seh. O gene mais freqüente foi seg, presente em todas as amostras positivas, 79/79 (100%), seguido por seh, 10/79 (12,7%) e sea, 09/79 (11,4%). A PCR-coa revelou quatro coagulotipos (Perfil 1-4), sendo o perfil 2 (~800pb) o mais prevalente presente em 39/80 (48,75%) isolados. A ribotipagem-PCR demonstrou 3 a 7 fragmentos de 390 a 680pb, distribuídos em onze ribotipos (R1-R11). R1 e R4 foram os ribotipos mais comuns, presentes em 28,75% dos isolados estudados. Os coagulotipos e ribotipos foram distribuídos nos três setores do hospital (ambulatório, enfermaria e UTI). Estes dados revelaram um grande polimorfismo genético e demonstraram uma dispersão clonal dos S. aureus neste ambiente hospitalar.