Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Braganholo, Larissa de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-19032008-162440/
|
Resumo: |
A reconstrução mamária visa melhorar a qualidade de vida e auto-estima da mulher após câncer de mama. Atualmente, existe uma baixa procura pela cirurgia, e poucos estudos apontam os fatores relacionados à não-realização do procedimento. Objetivo: Descrever os fatores relacionados à não-realização da reconstrução mamária e investigar a qualidade de vida e auto-estima de mulheres submetidas à cirurgia por câncer de mama. Métodos: A amostra constituiu de 53 mulheres submetidas à cirurgia por neoplasia mamária, freqüentando um núcleo de reabilitação durante o período de agosto a dezembro de 2006, e que responderam a um formulário acerca da doença, do tratamento e dos fatores relacionados à não-realização de reconstrução. Foi aplicado o instrumento The Medical Outcomes Study 36-item Short Form Health Survey - MOS-SF36 - e a Escala de Auto-estima de Rosemberg. Resultados: A maioria das mulheres tinha idade superior a 50 anos, era casada, raça branca, baixa escolaridade e baixa classe econômica. Houve predomínio da cirurgia de mastectomia, com tempo médio decorrido após a cirurgia de 5,8 anos. A maioria das mulheres realizou radioterapia e quimioterapia e algumas evoluíram com limitação na amplitude de movimento e nas tarefas domésticas, linfedema, dor, entre outras complicações. Em relação à cirurgia reconstrutiva, todas as mulheres já tinham ouvido falar, mas nem todas foram orientadas pela equipe médica sobre essa possibilidade no momento da retirada do tumor. Os profissionais de saúde representaram a fonte de informação mais relatada pelas mulheres a respeito da cirurgia reconstrutiva, e foram também os sujeitos com os quais elas menos discutiram sobre o assunto. A maioria das mulheres conhecia o seu direito de realizar reconstrução pelo Sistema Único de Saúde e relatou que a cirurgia é de longa duração, envolve muitas etapas e pode ocorrer rejeição da prótese. A maior parte das entrevistadas relatou medo em realizar a cirurgia, por sofrimento e complicações após a técnica, e acrescentou que não faria a reconstrução, apesar de achar que estava na idade ideal e usar prótese externa. Houve predomínio de mulheres sem vida sexual ativa e satisfeitas com a auto-imagem. A maioria afirmou ter liberdade em usar qualquer tipo de roupa e relatou que se sente bem ao estar com roupa, com biquíni/maiô e sem roupa. Sobre a rede de suporte, houve mudanças positivas no relacionamento familiar e com o companheiro após a cirurgia por câncer de mama. A avaliação da qualidade de vida através do MOS-SF36 revelou menor escore para o domínio \"dor\", \"aspectos físicos\", \"vitalidade\", \"saúde mental\" e \"capacidade funcional\". O questionário de Auto-estima de Rosemberg obteve valor médio de 34,4 pontos. Conclusão: Os dados apontam adaptação das mulheres em face das conseqüências do tratamento de câncer de mama, não priorizando a realização de reconstrução mamária. |