Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Azoury, Thais Campolina Cohen |
Orientador(a): |
Silva, Kátia Silveira da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48545
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Resumo: |
A alta prevalência da transmissão vertical da sífilis vem apontando perdas de oportunidades de prevenção durante o período gestacional. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a relação dos casos de sífilis gestacional com a atenção à saúde prestada às gestantes com sífilis do território de saúde da Unidade Básica de Saúde de Consolação, no município de Vitória-ES, notificadas no SINAN no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017. Trata-se de um estudo exploratório descritivo de metodologia mista - quantitativa e qualitativa. As fontes de dados da abordagem quantitativa foram prioritariamente os registros de prontuários eletrônicos, complementadas, quando disponível, com cartões e fichas de acompanhamentos e mesmo entrevistas, e da qualitativa, entrevistas semiestruturadas. A taxa de detecção de sífilis gestacional aumentou de 37,3 em 2014 para 64,3 em 2017 e a incidência da sífilis congênita reduziu de 21,5 em 2015 para 12,8 em 2017. Foram analisadas 40 gestações, 20% delas com histórico de sífilis gestacional anterior. O predomínio foi de mulheres não brancas e de baixa escolaridade. Cerca de 88% dos acompanhamentos ocorreu na unidade básica de saúde, 87,5% teve o diagnóstico de sífilis gestacional entre o 1º e 2º trimestre. O Veneral Disease Research Laboratory Test (VDRL) foi solicitado na primeira consulta do pré-natal em 95% das gestações e 87,5% realizou pelo menos 1 teste VDRL. O teste rápido foi registrado para apenas 37% das gestantes. Dos 16 parceiros que realizaram o teste VDRL, 11 foram negativos. 67,5% dos parceiros recebeu prescrição adequada, 42,5% realizou adequadamente as aplicações. A maior parte das prescrições realizadas durante o pré-natal estava em conformidade com o protocolo de tratamento de sífilis gestacional do Ministério da Saúde. Gestantes em situação de rua (20%) ou em uso de drogas estiveram relacionadas ao baixo número de consultas pré-natais, tratamentos inadequados, não tratamento das parcerias e diagnósticos tardios de gravidez e de sífilis gestacional. Dentre as fragilidades encontradas destacaram-se a identificação inadequada ou inexistente da parceria, dados incompletos da avaliação do recém-nascido mesmo na ficha de alta hospitalar, o abandono do tratamento, dificuldade de acompanhamento de gestantes em situação de rua e o desconhecimento da doença. Limitação do estudo foi à ausência ou incompletude dos registros dos prontuários eletrônicos. |