Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Clemente, Mônica |
Orientador(a): |
Guilam, Maria Cristina Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17729
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Resumo: |
Esta tese é uma investigação teórico-conceitual sobre a corporeidade do tantra yoga. Nosso pressuposto é de que o corpo vivo desafia o dualismo mente corpo, assim o ser humano é presença como corporeidade, sendo sua presença integral a atualidade do saber e de ações sobre ele. O objetivo foi investigar a nossa inteireza por meio da interpretação de uma filosofia que não fragmentou a natureza do ser, da mente e do corpo para criação de suas práticas. Esta também é nossa justificativa uma vez que o Brasil tem incorporado o yoga como uma prática corporal, e de saúde, e a Organização Mundial o indica como prática corpo-mente. Nos objetivos específicos buscamos saber as implicações da visão integral do tantra yoga na saúde, e nas questões éticas, sociais e políticas; quais suas definições de corpo, mente e si mesmo; e sua contribuição filosófica sobre o tema corpo e mente. Como metodologia percorremos a entrada de novas práticas de saúde no Brasil; as benesses do tantra yoga para qualidade de vida; até a interpretação da cosmologia, psicologia e prática de liberdade desta linhagem do yoga proposta pelo filósofo P.R.Sarkar para chegarmos à sua corporeidade. Entendendo que este percurso ganha sentido quando converge na inteireza sensível-cognoscível humana. Chegamos às seguintes conclusões: 1) a nossa presença nos enraíza e liberta, assim como é suscetível a golpes e dominação; 2) por isso nem todos têm direito à sua própria inteireza, exigindo ação política para sua garantia. 3) Se a saúde não é a meta do tantra yoga, é seu fundamento e é promovida por suas técnicas. 4) Praticando alguns passos deste yoga, como suas posturas, respiração e meditação, geramos bem-estar e outros potenciais humanos são mobilizados como o autoconhecimento, a flexibilidade, o relaxamento, a capacidade de gerenciamento do stress, e o aumento da vitalidade uma dimensão perdida nas estratégias de cura da biomedicina. 5) A possibilidade de se experimentar em uníssono com todos os seres, desperta condutas éticas, políticas e sociais. 6) A noção de energia vital do yoga abre outros horizontes para se pensar a saúde e, apesar da sua corporeidade garantir o direito à nossa inteireza, e sua pluridimensionalidade abarcar desde as dimensões mais densas até as mais sutis, 7) o escopo do tantra yoga não dá conta da complexidade das dinâmicas que surgem nas relações humanas. E este não é seu problema, mas o contorno de suas fronteiras, insinuando que um caminho nunca é maior que a complexidade da vida que somos. |