Campanha Nacional de Vacinação contra rubéola: perfil epidemiológico das gestantes vacinadas inadvertidamente com a dupla viral no estado do Pará em 2008

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Costa, Heloisa Portal da Silva da
Orientador(a): Toledo, Luciano Medeiros de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24267
Resumo: Introdução: em relação à população não vacinada no Brasil, definiu-se a necessidade de realizar, no ano de 2008, uma campanha nacional de vacinação contra rubéola para homens e mulheres de 20 a 39 anos, o Plano de Vacinação para Eliminação da Rubéola. A despeito da segurança imputada à vacina, manteve-se a recomendação de não vacinar mulheres grávidas. Aquelas que, por desconhecimento ou qualquer razão, recebessem a vacina anti-rubéola até a 12ª semana de gestação, ou que engravidassem até 30 dias após o recebimento da vacina, foram notificadas e acompanhadas durante a gestação. Objetivo: descrever as características epidemiológicas das gestantes vacinadas inadvertidamente (GVI) contra rubéola, que foram notificadas no estado do Pará, no período de agosto a dezembro de 2008, segundo faixa etária, idade gestacional, situação imunológica, regionais e municípios. Material e Métodos: estudo epidemiológico descritivo transversal, utilizando-se as informações do banco de dados secundários das GVI durante a Campanha de Eliminação da Rubéola no estado do Pará em 2008. As variáveis foram coletadas do banco de dados secundário construído com o Epi Info 6.0, a partir das fichas de notificação de GVI contra rubéola. A classificação imunológica das GVI foi obtida a partir dos resultados da pesquisa de anticorpos específicos para rubéola pelo método ELISA (IgG e IgM), realizado pelo LACEN-PA. Resultados: foram vacinadas 1.219.631 (98,70%) mulheres na faixa etária de 20 a 39 anos, sendo notificadas, como gestantes vacinadas inadvertidamente (GVI), 594 mulheres (0,05%). Porém, 102(17,17%) GVI foram desconsideradas por não apresentarem resultado laboratorial, e 2(0,33%) por terem engravidado em período superior a 30 dias após vacinação, sendo o banco de dados final composto de 490 GVI. Em relação à idade gestacional, observou-se que a maioria das GVI foi vacinada no primeiro trimestre de gestação: 80,61% (n=395). A proporção encontrada de gestantes imunes e suscetíveis foi, respectivamente, de: 89,5% (n=348) e 10,5% (n=41). Quanto ao local de residência da mãe, observou-se que, a maior proporção (25,10%), reside em Belém, capital do Estado. Quanto à distribuição por faixa etária, 40,81% das GVI estava entre 20 a 24 anos, seguidas pelas gestantes entre 25 e 29 anos (28,16%). Em relação à escolaridade das GVIs, 43,06% referiu ter entre 8 e 11 anos de estudo, seguidas por 21,02% com 4 a 7 anos de estudo. As mulheres com nível superior representaram 17,35% do total de GVI e somente 4 (0,81%) não tinham nenhum estudo.