Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Carneiro, Leila Abboud Dias |
Orientador(a): |
Castello Branco, Luiz Roberto Ribeiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36069
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Resumo: |
Um dos principais fatores determinantes da infecção pelo HIV-1/Aids é o estado nutricional. Em certa fase da infecção é comum alguns pacientes exibirem perda de peso progressiva e padrões nutricionais deficientes que podem incapacitar o organismo de produzir uma resposta imune efetiva. A perda da massa corporal associada à sobrevida tem despertado um grande questionamento sobre as causas do emagrecimento nesta infecção. Como a ação preventiva pode melhorar o estado nutricional nestes indivíduos, nos propusemos a estudar longitudinalmente os efeitos de uma dieta hipercalórica na composição corporal e os seus resultados no perfil imunológico e clínico dos pacientes infectados pelo HIV-1. Parâmetros clínicos e imunológicos foram avaliados em cinco fases de acompanhamento, antes (N = 49) e após dois (N = 32), seis (N = 12), doze (N = 7) e dezessete meses (N = 6) de intervenção nutricional. Em aproximadamente dois meses, 49 (100%) indivíduos ex-moradores de rua infectados pelo HIV-1 foram chegando na Casa de Acolhida Santo Antonio (CASA) com desnutrição, foram avaliados e receberam assistência clínica, social e alimentação. Nesta fase houve um aumento de peso em 100% dos indivíduos que quando associado aos padrões de normalidade verificamos ter sido uma reposição corporal. Após dois meses de intervenção nutricional observamos que 97% dos pacientes aumentaram o peso corporal, 47% recuperaram-se de infecções e somente 3% tiveram a contagem de células T CD4+ diminuída Seis meses após, nenhum paciente perdeu peso corpóreo; todos que elevaram o peso também aumentaram a massa muscular e de gordura e o número de indivíduos com infecções foi mantido. O perfil nutricional, clínico e imunológico após doze e dezessete meses foi praticamente o mesmo. Nenhum paciente perdeu peso corporal e houve uma tendência dos indivíduos a não apresentarem novas infecções ou alterações clínicas que poderiam comprometer o estado nutricional. Também observamos que todos os indivíduos aumentaram a contagem de células T CD4+ e nenhum teve contagem abaixo de 100 ao final do estudo. O suporte multidisciplinar foi eficiente no restabelecimento do perfil nutricional dos indivíduos que chegaram desnutridos à CASA. É provável que a intervenção nutricional tenha tido uma ação na resposta imunológica a novas infecções e melhoria ou manutenção do estado nutricional dos indivíduos acompanhados neste trabalho. |