Determinação da migração específica dos plastificantes ftalato de di-(2-etil-hexila) e adipato de di-(2-etil-hexila) de filmes flexíveis de PVC para alimentos gordurosos: validação de método e controle sanitário do filme flexível de PVC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bazilio, Fabio Silvestre
Orientador(a): Abrantes, Shirley de Mello Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7882
Resumo: O poli (cloreto de vinila) - PVC tem sido amplamente utilizado na indústria de embalagens, na forma de filme flexível de PVC, parao acondicionamento de alimentos. Porém, para que seja possível esta utilização é necessária a adição de plastificantes. Dentre os plastificantes mais utilizados em filmes flexíveis de PVC estão o ftalato de di-(2-etil-hexila) – DEHP e o adipato de di-(2-etil-hexila) - DEHA. O DEHP é classificado pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer - IARC no grupo 2B (possível agente carcinogênico ao homem), e pelaAgência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América - U.S.EPA no grupo toxicológico B2 (provável carcinógeno humano), sendo relacionado a diversos efeitos tóxicos para a saúde humana, tais como danos causados nos sistemas reprodutivos masculino e feminino e efeitos na indução de hepatocarcinomas. O DEHA é classificado pela IARC no grupo 3 (não classificável quanto à sua carcinogenicidadepara os seres humanos). Contudo, a U.S.EPA classifica o DEHA dentro do grupo toxicológico C, como um possível carcinógeno humano. Os dois plastificantes estão relacionados à indução da proliferação de peroxissomas hepáticos e danos à gestação. A Resolução nº 17 da ANVISA de 17 de março de 2008 estabelece limite de migração específica para DEHP em 1,5 mg kg-1do solvente simulante e para o DEHA em 18 mg kg-1. A Resolução nº 51 da ANVISA de 26 de novembro de 2010 estabelece condições para o ensaio de migração, porém é necessária a validação intralaboratorial do método. Com o objetivo de preencher esta lacuna, o presente trabalho apresenta o desenvolvimento e a validação intralaboratorial de um método para avaliação da migração dos plastificantes DEHP e DEHA da embalagem para alimentos gordurosos. O teste de migração foi realizado por meio do contato de 1 dm2do filme de PVC com 100 mL de solvente simulante etanol 95 % por 48 h à 20 ºC. Asconcentrações de migração dos plastificantes DEHP e DEHA foram determinadas por cromatografia a gás com detecção por ionização em chama e coluna de sílica fundida recoberta internamente com fase estacionária constituída de 5% fenilmetilsilicone. O método foi validado intralaboratorialmente e considerado adequado ao propósito. As faixas de trabalho foram definidas de 0,6 a 10,0 mg kg-1para o DEHP e 2,5 a 40,0 mg kg-1 para o DEHA. As curvas se apresentaram estatisticamente lineares, não sendo observada falta de ajuste ao modelo. Não foi observado efeito de matriz e a seletividade foi considerada satisfatória. O método apresentou repetibilidade e precisão intermediária adequadas e resultados robustos para temperatura e tempo de migração de (20 ± 2) ºC e (48 ± 0,5) h, respectivamente. Trinta e sete amostras de filme de PVC foram ensaiadas, apresentando resultados para a migração específica de DEHA entre não detectável (<0,35 mg kg-1) e 231 mg kg-1de solvente simulante e entre não detectável (<2,23 mg kg-1) e 304 mg kg-1de solvente simulante para o DEHP. Dentre as amostras ensaiadas, 95 % apresentaram resultado insatisfatório para pelo menos um dos plastificantes.