Avaliação da toxicidade do plastificante adipato de di-(2-etil-hexila) − DEHA sobre o sistema reprodutivo de camundongos machos expostos in utero e durante a lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, André Vicente Plastino
Orientador(a): Delgado, Isabella Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9067
Resumo: O adipato de di-(2-etil-hexila) DEHA tem substituído os ftalatos como plastificante em filmes de policloreto de vinila (PVC) usados para embalagem de alimentos, principalmente porque alguns ftalatos induzem toxicidade testicular e efeitos antiandrogênicos. A toxicidade reprodutiva do DEHA foi estudada em camundongos machos Swiss Webster expostos in utero e durante a lactação. Fêmeas grávidas foram tratadas com doses de 0, 200, 400 e 800 mg DEHA/kg p.c./dia, através de entubação gástrica do 6º dia de gravidez ao 21º dia pós-natal. oram avaliados dados de toxicidade materna e de desenvolvimento geral e sexual dos descendentes. Os descendentes machos foram avaliados na puberdade e na idade adulta quanto ao peso de órgãos sexuais, sendo que, para os adultos sexualmente maduros, ainda foram registrados produção espermática diária, número de espermatozóides na cauda do epidídimo, tempo de trânsito espermático, porcentagem de alterações morfológicas nos espermatozóides e níveis plasmáticos de testosterona. Na idade adulta também foi realizado o testede fertilidade em animais de ambos os sexos. No presente estudo, o DEHAinduziu toxicidade peri- e pós-natal a partir da dose de 400 mg de DEHA/kg p.c./dia. Observou-se ainda que o tamanho médio da ninhada diferiu entre os grupos ao desmame mas não ao nascimento sugerindo que a prole foi mais vulnerável aos efeitos do DEHA durante a lactação do que durante a gestação. Em animais sexualmente maduros, previamente expostos in utero e durante lactação, o tratamento com o DEHA, diminuiu o peso absoluto e relativo da vesícula seminal a partir da dose de 400 mg/kg p.c./dia. Também foi associada ao tratamento com o DEHA uma redução na concentração média de espermatozóides na cauda do epidídimo (a partir de 400 mg/kg p.c./dia) e no tempo de trânsito espermático (a partir de 200 mg/kg p.c./dia). Os resultados indicam que, em camundongos, a exposição in utero e durante a lactação ao DEHA pode induzir toxicidade no desenvolvimento e alterações em parâmetros específicos do sistema r produtivo masculino, em níveis de dose, em que não se observa toxicidade materna evidente.O adipato de di-(2-etil-hexila) − DEHA tem substituído os ftalatos como plastificante em filmes de policloreto de vinila (PVC) usados para embalagem de alimentos, principalmente porque alguns ftalatos induzem toxicidade testicular e efeitos antiandrogênicos. A toxicidade reprodutiva do DEHA foi estudada em camundongos machos Swiss Webster expostos in utero e durante a lactação. Fêmeas grávidas foram tratadas com doses de 0, 200, 400 e 800 mg DEHA/kg p.c./dia, através de entubação gástrica do 6º dia de gravidez ao 21º dia pós-natal. oram avaliados dados de toxicidade materna e de desenvolvimento geral e sexual dos descendentes. Os descendentes machos foram avaliados na puberdade e na idade adulta quanto ao peso de órgãos sexuais, sendo que, para os adultos sexualmente maduros, ainda foram registrados produção espermática diária, número de espermatozóides na cauda do epidídimo, tempo de trânsito espermático, porcentagem de alterações morfológicas nos espermatozóides e níveis plasmáticos de testosterona. Na idade adulta também foi realizado o testede fertilidade em animais de ambos os sexos. No presente estudo, o DEHAinduziu toxicidade peri- e pós-natal a partir da dose de 400 mg de DEHA/kg p.c./dia. Observou-se ainda que o tamanho médio da ninhada diferiu entre os grupos ao desmame mas não ao nascimento sugerindo que a prole foi mais vulnerável aos efeitos do DEHA durante a lactação do que durante a gestação. Em animais sexualmente maduros, previamente expostos in utero e durante lactação, o tratamento com o DEHA, diminuiu o peso absoluto e relativo da vesícula seminal a partir da dose de 400 mg/kg p.c./dia. Também foi associada ao tratamento com o DEHA uma redução na concentração média de espermatozóides na cauda do epidídimo (a partir de 400 mg/kg p.c./dia) e no tempo de trânsito espermático (a partir de 200 mg/kg p.c./dia). Os resultados indicam que, em camundongos, a exposição in utero e durante a lactação ao DEHA pode induzir toxicidade no desenvolvimento e alterações em parâmetros específicos do sistema r produtivo masculino, em níveis de dose, em que não se observa toxicidade materna evidente