Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Moura, Vanessa Carvalho Pereira de |
Orientador(a): |
Silva, Erica Tatiane da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54447
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Resumo: |
Introdução: Apesar da transfusão de sangue ser considerada uma prática clínica segura, desvios ou falhas no processo do ciclo do sangue podem comprometer a saúde de doadores, pacientes e profissionais de saúde. Portanto, é imprescindível a implantação de sistemas de gestão da qualidade nos serviços de hemoterapia. Em relação às agências transfusionais (AT) da hemorrede pública do Distrito Federal (DF), a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) executa o Programa Anual de Auditorias Internas da Qualidade desde 2014. Objetivo: Avaliar o desempenho das AT da hemorrede pública do DF a partir da implementação da auditoria interna da qualidade pela FHB. Metodologia: Trata-se de um estudo documental e analítico, de abordagem quali-quantitativa. Foram avaliados os dados das auditorias completas (2014, 2016, 2017 e 2019) e de monitoramento (2015, 2018 e 2020) realizadas nas AT, considerando a evolução do desempenho de modo geral e por dimensão (infraestrutura, equipamentos e insumos, recursos humanos, procedimentos técnicos, transporte e armazenamento de hemocomponentes, testes pré-transfusionais, transfusão, hemovigilância e gestão da qualidade). Foram realizadas análises descritiva e inferencial, com um nível de significância de 5%. Para identificação dos facilitadores e barreiras enfrentadas pelas agências, considerou-se também a análise de conteúdo (Bardin) dos relatos dos auditores nos campos abertos dos relatórios. Resultados: Houve uma melhora no desempenho geral e por dimensão a partir da implementação da auditoria, sendo que as AT evoluíram positivamente de modo semelhante ao longo do tempo. A média do percentual de conformidade geral de todas as AT foi de 71,7% (±10,4) nas auditorias completas, variando de 66,0% a 76,8% entre as AT. O desempenho geral por ano foi significativamente menor em 2014 (58,0%), enquanto os demais anos de auditoria completa apresentaram percentuais entre 74,1% e 77,9% (p<0,001). A maioria das dimensões apresentou percentuais de conformidade acima de 70%, exceto recursos humanos (54,8%), infraestrutura (56,3%) e transporte e armazenamento de hemocomponentes (63,5%). O desempenho melhorou significativamente ao longo dos anos para as dimensões de transporte e armazenamento de hemocomponentes, transfusão, gestão da qualidade, recursos humanos, testes pré-transfusionais e hemovigilância, enquanto que a dimensão de equipamentos e insumos teve uma diminuição nas conformidades (p<0,01). Já para as auditorias de monitoramento, o percentual de conformidade geral de todas as AT foi de 39,9% (±13,9), sem diferenças significativas por ano e por AT. Houve um melhor percentual de conformidade para equipamentos e insumos (69,8%), com diferença significativa (p<0,0001) quando comparado às demais dimensões, exceto procedimentos técnicos (55,4%) e testes pré-transfusionais (51,8%). Ao longo dos anos houve melhora significativa para as dimensões de infraestrutura e gestão da qualidade, sendo o desempenho das AT semelhante em todas as dimensões. Os principais facilitadores identificados foram supervisão técnica, apoio e empenho da equipe de trabalho, utilização de insumos registrados pela Anvisa, realização dos testes pré-transfusionais obrigatórios, armazenamento correto de amostras e investigação dos casos de soroconversão. Dentre as barreiras destacam-se inadequações no revestimento de pisos, paredes e tetos, manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos, treinamento de pessoal, caixas térmicas utilizadas para o transporte de hemocomponentes e no registro dos sinais vitais pré e pós transfusão, além da ausência de um comitê transfusional atuante e de um controle interno de qualidade para reagentes e insumos. Conclusão: Os desempenhos geral e por dimensão nas AT melhoraram ao longo do período avaliado, destacando-se facilitadores e barreiras em relação à infraestrutura, transporte e armazenamento de hemocomponentes e recursos humanos. |