Deficiência de vitamina D em indivíduos HIV-positivos expostos ou não a esquemas antirretroviraisum estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Guilherme Almeida Rosa da
Orientador(a): Costa, Filipe Aníbal Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12120
Resumo: A deficiência de vitamina D é uma condição subdiagnosticada e geralmente não aventada como alvo de investigação laboratorial por parte dos clínicos. Estima-se que em torno de 36% dos adultos saudáveis e 57% dos pacientes internados apresentem algum grau de deficiência de vitamina D. A prevalência elevada desta deficiência deve-se aos polimorfismos dos genes implicados na resposta à vitamina D, baixa exposição solar, interações medicamentosas e aspectos nutricionais. A aplicação das pesquisas relacionadas à vitamina D e AIDS se baseia em possíveis usos na redução da transmissibilidade, redução da progressão clínica, interações medicamentosas, redução na incidência de infecções, neoplasias, doenças autoimunes e queda da mortalidade geral. Este estudo visa obter a prevalência da deficiência de vitamina D entre em pacientes com diagnóstico de infecção pelo HIV acompanhados em um grande ambulatório de referência no município do Rio de Janeiro, avaliar a associação do uso de antirretrovirais e deficiência de vitamina D, associação entre a contagem de linfócitos TCD4+ e a deficiência de vitamina D, associação entre a carga viral plasmática do HIV e a deficiência de vitamina D e realizar a análise estatística dos dados utilizando técnicas descritivas e exploratórias. Dos pacientes estudados, um total de 91 (72,8%) apresentou deficiência de vitamina D, definida por concentração plasmática inferior a 32 ng/dL O grupo foi classificado categoricamente em deficiência grave, com valores inferiores a 10 ng/dL (5 indivíduos), deficiência moderada, entre 10-19 ± (36 indivíduos), deficiência leve, 20-31 ng/dL (50 indivíduos) e suficiência, maiores ou iguais a 32 ng/dL (34 indivíduos). Não foi encontrada associação entre as concentrações plasmáticas de vitamina D e as variáveis idade, sexo, tempo de diagnóstico, tempo de uso de terapia antirretroviral, carga viral plasmática do HIV e esquema antirretroviral atual. Através de regressão linear, foi encontrada uma tendência de associação entre a concentração plasmática de vitamina D e a contagem de linfócitos T CD4+ de maneira inversamente proporcional (R2 = 0,029; p = 0,058). Houve correlação estatisticamente significativa entre o tempo acumulado de uso de efavirenz e a concentração plasmática de vitamina D de forma inversamente proporcional (R² = 0,071 e p = 0,03). Quando utilizado o teste T para comparação entre médias entre os usuários de TARV (VDmédia = 25,91 + 12,226) e os virgens de tratamento (VDmédia = 29,71 + 12,141), não foi encontrada diferença estatisticamente significativa (p = 0,2). Este estudo sugere que a deficiência de vitamina D entre os pacientes com a infecção pelo HIV pode estar associada ao tempo acumulado de uso de efavirenz