Mortalidade de curto e longo prazos em pessoas vivendo com HIV, 2004 – 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Leite, Pedro Henrique Amparo da Costa
Orientador(a): Luz, Paula Mendes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55340
Resumo: A despeito do grande declínio observado nas taxas de mortalidade de pessoas vivendo com HIV (PVH), após a introdução da terapia antirretroviral (TARV), o HIV ainda figura como um importante problema de saúde pública. O objetivo principal dessa tese foi compreender a dinâmica da mortalidade de curto e longo prazos em PVH no período 2004-15, cujos resultados foram apresentados em dois artigos. No primeiro artigo avaliamos a mortalidade precoce, definida como aquela ocorrida no período de um ano após a inclusão na coorte, utilizando o modelo de riscos proporcionais de Cox. Identificamos um excesso de mortalidade precoce em relação aos países desenvolvidos. Ao contrário da tendência de queda nas taxas de mortalidade calculadas para o período de 91 a 365 dias após a inclusão da coorte, as taxas de mortalidade para os primeiro 90 dias mantiveram-se praticamente constantes. O hazard de mortalidade aumentou com a idade e foi maior entre os participantes com nível de escolaridade menor ou igual a cinco anos. A contagem de CD4 mostrou-se inversamente relacionada com o hazard de mortalidade. Maior hazard foi observado também entre participantes com doença definidora de Aids na primeira vista ao INI. No segundo artigo, avaliamos a sobrevida entre PVH considerando as causas de mortalidade relacionadas e não relacionadas à Aids. O modelo de riscos proporcionais por causa específica foi utilizado. Observamos um forte declínio nas taxas de mortalidade das doenças relacionadas e não relacionadas à Aids. A idade dos participantes mostrou-se diretamente associada com o hazard de mortalidade por causas relacionadas e não relacionadas à Aids, enquanto o nível educacional apresentou uma relação inversa. As variáveis clínicas mostraram-se mais fortemente associadas com a mortalidade relacionada à Aids do que com a mortalidade não relacionada à Aids. Nas duas análises realizadas, chama atenção o impacto que a mortalidade precoce exerce sobre as taxas de mortalidade e, consequentemente, sobre a sobrevida das PVH. Isso decorre do fato de que, os participantes se apresentam tardiamente para o tratamento, quando a doença já está em estágio avançados. Desse modo, os serviços de saúde precisam se estruturar de modo a identificar a doença ainda em sua fase inicial melhorando assim a sobrevida e a qualidade de vida das PVH.