Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Juliana Maciel |
Orientador(a): |
Avanci, Joviana Quintes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30860
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo compreender a circulação institucional dos adolescentes em situação de rua no contexto do uso de drogas no município de Niterói/Rio de Janeiro. Situa a discussão a partir de referenciais teóricos sobre o fenômeno da população de rua de crianças e adolescentes, das questões suscitadas no contexto da exclusão social e da mobilidade, dos conceitos de “circulação” e “viração”, a caracterização da adolescência e dos serviços voltados a garantia dos direitos, proteção e cuidado com os mesmos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa baseada no método etnográfico e realizada no município de Niterói, Rio de Janeiro. Participaram do estudo dois adolescentes em situação de rua e que fazem uso de drogas, e quatro profissionais que atuam na assistência e no cuidado desta população na rede do município citado. Os resultados mostram que existe falta de integralidade dos serviços destinados ao cuidado e proteção da população estudada, e ausência de constituição desses espaços enquanto "lugares” que considerem suas escolhas, suas urgências e sua subjetividade. Esses aspectos foram pontos cruciais e críticos nos processos de desvinculação dos adolescentes em situação de rua aos serviços pesquisados, questão característica dessa população. Os históricos de vida dos adolescentes em situação de rua demonstrou que, apesar de haver uma cobertura dos serviços nos territórios, a exclusão e a violência também se reproduziram nos espaços institucionais e se perpetuam nas experiências de rua. A partir da fixação nos territórios das ruas e da natureza da realidade vivenciada neste contexto, onde a transitoriedade impõe circular e "se virar" entre diferentes espaços, incluindo os institucionais, é possível refletir sobre o papel e o lugar das instituições atuantes na garantia de direitos e proteção desta população. Neste sentido, observou-se que, além das instituições serem constituídas enquanto pontos estratégicos dentro da lógica da "viração" e da circulação, a apropriação destes espaços, dada através da construção de vínculos e afetos é potencialmente capaz de interferir na lógica permanente da circulação, observada pela capacidade de perspectivar o futuro fora do âmbito das ruas. |