Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Brêda, Mércia Zeviani |
Orientador(a): |
Augusto, Lia Giraldo da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31697
|
Resumo: |
Este trabalho teve por objetivo compreender como é prestado o cuidado em saúde aos sujeitos portadores de transtornos psíquicos na atenção básica em saúde. Foi desenvolvido em um bairro periférico do Município de Maceió, no Estado de Alagoas, coberto exclusivamente pelo Programa de Saúde da Família. Buscou neste cenário e, nos relatos de experiência dos portadores, seus familiares e profissionais de saúde da família, o material para essa compreensão. Utilizou uma abordagem qualitativa de Estudo de Caso, no referencial teórico de Lüdke e André na coleta de dados e, o de Minayo para a análise final. Foram aplicadas entrevistas semi - estruturadas enriquecidas com observação direta. Revelou que o cuidado ao portador psíquico na atenção básica em saúde tem sido hospitalar, fragmentado, e, centrado em ações medicamentosas. Há uma exclusão deste portador em programas, territórios e ações separadas e não articuladas. Os profissionais de saúde, assim como as famílias têm reproduzido a lógica do internamento psiquiátrico, que é reforçada pela insuficiência e ineficácia do sistema público de atenção em saúde mental. O Programa de Saúde da Família, neste caso, apesar de se constituir numa nova proposta de modelo assistencial, não tem sido capaz de mudar a lógica da atenção centrada no modelo clínico. Sua forma de cuidar em saúde não se coaduna com os princípios da Reforma Sanitária e Psiquiátrica e, nem com a estratégia do Saúde da Família implantado nestes últimos anos no país. A penetração da equipe nas redes sociais é ainda muito tímida e a dinâmica das ações é passiva e individual. Formas de abordagem baseadas na escuta, no acolhimento e no vínculo são raramente utilizadas, exceção feita aos agentes comunitários de saúde que demonstraram maior continência e preocupação com estas pessoas. Algumas pistas e indicações emergem da subjetividade dos sujeitos e da pesquisadora, no sentido de favorecer que o cuidado prepondere sobre o descuido à estes sofredores. |