Coletar sangue: um trabalho intenso e fundamental para garantir a vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Freitas, Katia Butter Leão de
Orientador(a): Brito, Jussara Cruz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/15342
Resumo: O presente estudo busca uma análise das situações de trabalho da Sala de Coleta de Doadores e sua relação com a saúde dos trabalhadores, em uma instituição pública de saúde. Demonstra que a Hemoterapia ao longo dos anos necessitou de desenvolvimento tecnológico e científico. No Brasil, a AIDS foi o acontecimento que apontou a fragilidade da Saúde Pública, favorecendo a elaboração de políticas públicas. Para compreender a saúde, necessariamente devemos compreender o trabalho, pois ambos são indissociáveis. As prescrições não são suficientes para contemplarem o conjunto de requisitos que a atividade de trabalho possui. Assim, o trabalhador cria e recria estratégias para dar conta das requisições da organização do trabalho. O método utilizado foi baseado na Análise Ergonômica do Trabalho (AET) e englobou as seguintes técnicas: observação participante, diário de campo e aplicação de questionário (INSATS-Br). Este estudo mostrou que, embora exista uma forte campanha para se doar sangue, os trabalhadores da saúde que desenvolvem a atividade de coleta de sangue não são valorizados e não se sentem reconhecidos no trabalho. O quantitativo de doadores, as intercorrências e a composição da equipe de trabalho foram os principais problemas destacados pelos trabalhadores. As queixas de dores apontadas no INSATS-Br possuem relação com a coleta de sangue, com a forma de organização do trabalho e com o quantitativo de doadores atendidos. Os resultados contribuíram para a transformação da atividade de trabalho, por meio da elaboração de um protótipo da mesa de coleta de sangue que foi validado pelos trabalhadores. Os saberes do coletivo foram considerados e representaram as soluções para as possíveis transformações no campo pesquisado.