Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Thayssa Keren Santos da |
Orientador(a): |
Garcia, Cristiana Couto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43237
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Resumo: |
Introdução: Influenza é uma das principais causas de morbimortalidade mundial, afetando milhões de pessoas. Casos graves são tratados com inibidores da neuraminidase (NA), como o oseltamivir (Tamiflu®). No entanto, a alta variação genética pode levar ao surgimento de cepas resistentes a antivirais, limitando o tratamento.Vírus resistentes podem surgir espontaneamente, por uso inadequado de antivirais, ou pela disseminação viral prolongada. Objetivo: Investigar o potencial efeito de drogas imunomoduladoras e imunossupressoras, em combinação com o antiviral Tamiflu®, sobre a resposta inflamatória e a seleção de vírus mutantes resistentes a antivirais, em um modelo murino de infecção por Influenza A. Metodologia: Camundongos C57/BL6 foram infectados com 1000 ou 500 plaqueformingunits (PFU) do vírus influenza A/PR/8/34 H1N1, sendo tratados com Tamiflu® nas doses de0,1 - 10mg/kg, ou veículo. Foram monitorados quanto à perda de peso corporal e letalidade por 21 dias. Análises de parâmetros inflamatórios, incluindo infiltrado leucocitário e produção de citocinas no lavado broncoalveolar (BAL) e infiltrado neutrofílico tecidual, bem como isolamento viral, titulação e teste de resistência ao Tamiflu® foram realizadas 7 e 10 dias pós-infecção. Foi utilizado tratamento com o imunomodulador PCA4248, um antagonista do receptor do fator de ativação plaquetária (PAFR), e com imunossupressores, o corticóide dexametasona (DEXA) e o quimioterápico ciclofosfamida (CICLO), em combinação ou não com Tamiflu® Resultados: O tratamento com Tamiflu®, na dose de 10mg/kg, reduziu aletalidade, a perda de peso e os títulos virais, além de infiltrado leucocitário e níveis de IFN-\03B3 no BAL e o recrutamento neutrofílico tecidual. A dose menor, de 1mg/kg, reduziu parcialmente letalidade, bem como infiltrado leucocitário e produção de citocinas, porém não interferiu com a susceptibilidade ao antiviral. O tratamento com PCA4248 não reduziu a susceptibilidade ao Tamiflu®, porém aumentou de 22% para 50%a taxa de sobrevidados animais infectados em relação ao grupo veículo. Quando administrada terapeuticamente em combinação com o Tamiflu®, a DEXA reduzindo a letalidade, a perda de peso e o infiltrado leucocitário, sem causar linfopenia estatística. Os vírus isolados de todos os grupos experimentais, nos dias 7 ou 10 pós-infecção, mostraram sensibilidade inalterada ao Tamiflu®. Já o tratamento com a combinação de DEXA e CICLO produziu marcada imunossupressão, compersistência viral sendo detectada até o dia 10 pós-infecção, sem alteração da susceptibilidade ao antiviral. A redução do inóculo (500 PFU) permitiu análises em tempos mais tardios, 14 e 21 dias pós infecção. Muito embora tenha sido observado quadro acentuado de imunossupressão, não foi verificada alteração no fenótipo de sensibilidade ao Tamiflu®. Conclusão: Protocolos farmacológicos imunomoduladores (PCA 4248 e DEXA) ou imunossupressores (DEXA + CICLO) usados durante a infecção experimental pelo vírus influenza A PR/8/34 H1N1 alteram o perfil inflamatório durante a infecção, mas não modificam o perfil de susceptibilidade do vírus influenza H1N1 ao antiviral oseltamivir. |