Imunogenicidade de uma vacina nanotecnológica virossomal contra o vírus influenza A em suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Haach, Vanessa
Orientador(a): Franco, Ana Claudia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264323
Resumo: O vírus influenza A (IAV) é um dos principais patógenos respiratórios em suínos, causando prejuízos econômicos à suinocultura e preocupações na saúde pública, devido a possibilidade de ocorrência de epidemias e pandemias. O IAV é endêmico em suínos e linhagens de vírus geneticamente e antigenicamente distintas, dos subtipos H1N1, H1N2 e H3N2, circulam em diferentes regiões geográficas. A cocirculação de linhagens distintas do IAV associadas à rápida evolução viral desafiam o desenvolvimento de vacinas eficazes. Os virossomas são partículas semelhantes a vírus que simulam uma infecção viral, todavia sem conter material genético, estimulando desta forma a indução de uma resposta imune antiviral, tanto humoral quanto celular. Assim, esse estudo teve como objetivo avaliar a imunogenicidade de uma vacina para influenza baseada em virossoma contendo subunidades proteicas (hemaglutinina – HA e neuraminidase – NA) dos subtipos H1N1 pandêmico, H1N2 e H3N2 isolados de suínos. Para isso, foram formados dois grupos de suínos com 40 dias de idade: G1 – não vacinados (n=10), e G2 – vacinados (n=33). Os suínos do grupo G2 foram vacinados com 1 mL da formulação vacinal (128 μg das proteínas HAs + adjuvante) nos dias 0 e 14 por via intramuscular. Os suínos dos grupos G1 e G2 foram avaliados por 28 dias, sendo que três suínos do grupo G2 permaneceram por 90 dias para avaliação da imunidade de memória. Resposta imune humoral e celular robusta contra os três subtipos de IAV foi observada nos suínos após as duas doses vacinais. Houve indução de títulos elevados de anticorpos específicos para HA e atividade de neutralização viral. Além disso, houve maturação significativa de macrófagos, e proliferação significativa de linfócitos B, células T CD4+ e CD8+ efetoras e de memória central, e linfócitos T CD8+ produtores de interferon-γ. A vacina desenvolvida também demonstrou potencial para induzir resposta imune celular e humoral duradoura para os três subtipos virais até a idade de comercialização dos suínos (130 dias). Ademais, a vacina provou ser segura e não citotóxica para suínos. A utilização de vacinais virossomais permite flexibilidade para atualização dos antígenos vacinais a fim de refletir a diversidade genética e antigênica dos IAVs circulantes em suínos no Brasil. A vacinação de suínos pode ser altamente eficaz para reduzir o impacto da doença na produção de suínos e o risco de emergencia de vírus com potencial pandêmico.