Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Busnardo, Elaine Araujo |
Orientador(a): |
Minayo Gómez, Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34460
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Resumo: |
Neste estudo buscou-se compreender as mudanças nas condições de vida e trabalho possibilitadas a trabalhadores inseridos num empreendimento baseado no ideário da economia solidária. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada numa cooperativa da construção civil do Rio de Janeiro criada por iniciativa de um empreiteiro com forte poder de mobilização, empenhado na implementação de um processo de produção autogestionário com pessoas desempregadas, em sua maioria, e com escassa experiência profissional. Identificou-se, além do percurso seguido para garantir a viabilidade econômica dessa estratégia frente às limitações atuais do mercado de trabalho, o significado que adquire para os trabalhadores essa nova forma de ser e estar no trabalho. Foram analisados os processos de subjetivação representados por esses trabalhadores a respeito de sua realidade ocupacional, da organização do trabalho, das práticas cooperativas e da distribuição dos rendimentos financeiros, bem como sobre as questões relativas à saúde e à participação social. Constatou-se que, apesar das dificuldades em ultrapassar toda uma cultura do assalariamento, de submissão e de naturalização dos riscos ocupacionais, essa alternativa propiciou mudanças sociais significativas e novas formas de se promover e produzir saúde, particularmente do ponto de vista psicossocial. Os resultados obtidos mostram que essa experiência, além de constituir um meio viável de sobrevivência e de melhoria da qualidade de vida, possibilita o aperfeiçoamento profissional e o exercício da autonomia, da liberdade responsável, da cooperação e da solidariedade. Observa-se também, embora em níveis diferenciados, um envolvimento crescente com as questões sociais, políticas e comunitárias. |