A influência da configuração urbana no caminhar nos comércios locais do plano piloto de Brasília

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Natália Costa Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UniCEUB
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/14392
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo verificar em que medida o desenho dos comércios locais das superquadras da Asa Sul e Asa Norte do Plano Piloto de Brasília, cuja característica se delineia sob as premissas modernistas, são convidativos ou não aos deslocamentos a pé. Para tanto foram explorados conceitos como caminhabilidade, forma urbana e centralidade discorridos no referencial teórico e na metodologia. A investigação foi baseada nos levantamentos que foram estabelecidos a partir de leituras de livros, teses, artigos, etc., consideradas importantes para vitalidade e caminhabilidade dos pedestres nas cidades e seus comércios. Dessa forma, foram realizados os seguintes levantamentos: uso do solo (Jacobs, 2000); contagem do número de portas (Gehl, 2010) e contagem de pedestre (Space Syntax, 2003). O levantamento de uso do solo consistiu em classificar o estabelecimento com tipologia de usos (comércio, serviço, comércio / serviço ou estabelecimento fechado), tempo de permanência (curto, médio ou longo) e turno de funcionamento (diurno, noturno e madrugada); a classificação das fachadas em ativa, convidativa, mista, monótona e inativa, foi realizada a partir da contagem do número de portas; e a contagem de pedestres consistiu em contabilizar o número pessoas presentes em cada comércio local. Portanto, a análise da pesquisa foi realizada com base na interrelação dos itens supracitados. Como achados, verificou-se que na Asa Sul, com maior número de pedestres nos comércios locais, predomina a tipologia comércio, com tempo de permanência curto e turno de funcionamento diurno, enquanto na Asa Norte predomina a tipologia serviço, na maioria com tempo de permanência curto, turno de funcionamento diurno, mas com um número maior no tempo de permanência média e longa e turno de funcionamento noturno e madrugada. A partir dos levantamentos foi percebido que as pessoas não permanecem nos comércios locais, apenas utilizam os estabelecimentos de interesse, inferindo-se, portanto, que tal como atesta Jacobs (2000) os espaços não devem apenas servir como passagem, mas sim devem estimular a permanência, de modo que o convívio humano seja estabelecido de forma mais natural e harmônica. Ademais, para isso, o espaço deve apresentar características que o tornem convidativo (GEHL, 2010). Por fim, cabe apontar que, tendo em conta a diferença de desempenho entre os comércios da Asa Norte e Asa Sul, mostra que a configuração urbana influencia no caminhar dos pedestres, haja vista que estes espaços apresentam morfologias completamente distintas.