Uma análise da depressão pela perspectiva da teoria da subjetividade: para além da patologização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cremasco, Cintia Oliveira
Orientador(a): Rey, Fernando Luís González
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/11139
Resumo: Esta dissertação aborda a depressão como um processo de natureza complexa e subjetiva, sem causa linear biológica ou ambiental. Faz uma reflexão sobre o transtorno depressivo para que seja possível entender sua produção individual, social e histórica, reconhecimento da depressão enquanto configuração subjetiva e como objeto de análise complexo. Não há pretensão de se fechar o assunto sobre a depressão dos participantes, mas sim abrir o pensar sobre o processo e as configurações subjetivas dessas pessoas e como isso pode nos dar mostras do funcionamento em que elas se encontram. Aborda-se saúde e doença como uma experiência pública e privada, em que a saúde passa a ser um indicador do funcionamento social. Optou-se por usar uma proposta qualitativa de investigação, compreendendo-se em sua base de três pressupostos: o caráter construtivointerpretativo, a legitimação pelo singular e o diálogo. Os instrumentos utilizados foram: dinâmica conversacional, completamento de frases e histórias. As participantes são mulheres, mães de filhos com câncer, casadas e com dificuldades financeiras. Elaborou-se a construção de um modelo teórico sobre os processos depressivos, com o foco na pessoa, que vão se estruturando por meio das hipóteses e nos permitem refletir sobre a configuração subjetiva da depressão. As hipóteses foram elaboradas de acordo com os indicadores construídos. Analisou-se o dia a dia das participantes, maternidade e cuidado com os filhos, matrimônio e sexualidade. Conclui-se que as participantes estão presas à configuração depressiva por não serem capazes de gerar novos sentidos subjetivos em relação às situações que surgem. Por isso, a emergência do sujeito é essencial, para que possam se posicionar e avançar em suas vidas.