Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vera, Mariana dos Reis |
Orientador(a): |
Rey, Fernando Luís González |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/11140
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Resumo: |
Esta dissertação teve como objetivo compreender as produções subjetivas relacionadas ao processo de medicalização do sofrimento psíquico a partir do referencial teórico da Teoria da Subjetividade, postulada por González Rey (2003). Trata-se de uma alternativa aos modelos hegemônicos atuais de atenção à saúde na compreensão complexa das questões implicadas nos processos de saúde e doença, a partir da concepção de subjetividade em uma perspectiva histórico-cultural. A análise das informações se deu por meio de um estudo de caso, apoiada nos princípios da Epistemologia Qualitativa, que concebe a produção de conhecimento enquanto processo construtivo-interpretativo, singular e dialógico. O estudo foi realizado em uma clínica de psicologia da rede privada do Distrito Federal. Nesse estudo, por meio de sistemas conversacionais e completamento de frases, foi possível explicar os processos subjetivos que se organizam no desenvolvimento de um transtorno psíquico e avançar na compreensão do caráter subjetivo da medicalização e na representação do medicamento enquanto produção subjetiva. Com base na construção das informações, avançamos na compreensão do transtorno mental como uma configuração subjetiva de sentidos diversos, relacionados à história de vida, ao contexto atual e à cultura na qual a pessoa se desenvolve e não como condição da pessoa. Entendemos que a construção teórica como forma de representar o transtorno mental pode favorecer a elaboração de estratégias na prática psicoterápica, que permitam ao sujeito novas produções subjetivas por meio de reflexões e ações direcionadas à reconfiguração subjetiva de seu mal-estar. A partir das informações e construções do estudo de caso, reconhecemos a emergência do sujeito e a mudança no modo de vida como fatores essenciais na evolução favorável do adoecimento psíquico e de importante contribuição à saúde. A medicalização está configurada na condição subjetiva da pessoa que sofre o adoecimento psíquico e na subjetividade social dos processos de saúde e doença nos espaços em que a pessoa está inserida. No curso da pesquisa, foi possível analisar que o medicamento aparece subjetivado através de múltiplos sentidos subjetivos, que se integram na experiência do adoecimento. Na compreensão do caráter subjetivo da medicalização, avançou-se em uma representação do medicamento enquanto produção subjetiva. O valor heurístico do modelo teórico desenvolvido na pesquisa reside na inteligibilidade sobre as formas concretas em que o processo de medicalização repercute na vivência do sujeito. |