A primeira revolução do século XXI? : bolivarianismo e socialismo Venezuela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Seabra, Raphael Lana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/8585
Resumo: A presente tese tem como objetivo central determinar se a República Bolivariana da Venezuela atravessa de fato por uma revolução, que devido às perspectivas de renovação da esquerda marxista, da importância da ruptura revolucionária e da transição ao socialismo para a região, lançamos tal problema como a primeira revolução do século XXI. Ao longo da tese buscamos definir os conceitos fundamentais da Revolução Bolivariana, tais como bolivarianismo, chavismo, democracia participativa e protagônica como também o socialismo do século XXI, todos representam eixos indispensáveis à compreensão do projeto de fundação da Quinta República. Realizamos longo trabalho de campo e entrevistas com intelectuais, militantes e membros do governo bolivariano. Estabelecemos uma contribuição à periodização do processo revolucionário bolivariano em três etapas: a etapa constituinte, a etapa nacional-soberana e a etapa da via venezuelana ao socialismo. Como processo revolucionário cuja especificidade reside na conquista gradual e pacífica do poder político, sem postular a ruptura imediata com a ordem capitalista, seguindo a via legítima de radicalização democrática, até a criação de um sistema múltiplo de propriedade (as propriedades estatal, social e privada) com vistas a superar em médio e longo prazo as bases da dominação imperialista, latifundiária e monopolista através da consolidação permanente de tais transformações, consideramos tais etapas não em sentido estancado e evolucionista, senão, como processo de revolução permanente que segue em alternâncias entre rupturas e períodos mais ou menos radicais dentro sua própria dinâmica. Concluímos que o processo ao avançar de forma “redistributiva” da renda petroleira entre as classes subalternas, tende indiretamente a reforçar o regime de acumulação de capital de determinadas frações capitalistas, fato que poderia levar a revolução à sua interrupção.