Evasão e permanência na educação profissional técnica de nível médio do PRONATEC no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Santos, Talitha Araújo
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais; Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica; Brasil; CEFET-MG
• Palavras-chave em Português: Ensino profissional; Evasão escolar; Educação - Aspectos políticos
• Link de acesso: https://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/401

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), instituído pela Lei n. 12.513, de 26 de outubro de 2011, no governo de Dilma Rousseff, é executado pela União e tem por finalidade a ampliação da oferta de educação profissional e tecnológica, por meio de programas, projetos e ações de assistência técnica e financeira. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), campus Congonhas, realizou a adesão ao programa no ano de 2012, quando iniciou a oferta de cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), sendo estas suas primeiras turmas. É neste contexto que surge essa pesquisa, que objetivou compreender os motivos individuais e institucionais que levam os alunos do PRONATEC, por intermédio da Bolsa-Formação, ofertado pelo IFMG campus Congonhas, a evadirem do curso técnico subsequente ou nele permanecerem até o momento da realização da pesquisa de campo. É notório que a evasão escolar é atualmente um dos grandes problemas do ensino profissionalizante no Brasil. No PRONATEC – IFMG campus Congonhas, esse problema é evidenciado conforme indicam os altos níveis de abandono. Em relação à metodologia, realizou-se uma pesquisa qualitativa com ênfase no estudo de caso. A pesquisa teve como objetivo traçar o perfil dos alunos permanentes no PRONATEC – IFMG campus Congonhas, verificar a incidência da evasão e da permanência nas turmas dos cursos técnicos subsequentes do referido programa, além de identificar e analisar os fatores que levaram os alunos à evasão e à permanência e as ações para minimizar o índice de evasão nesses cursos. Para alcançar esses objetivos, foi realizada pesquisa em legislações e documentos internos do programa. Foram aplicados 85 questionários aos alunos matriculados e frequentes nos cursos técnicos subsequentes do PRONATEC – IFMG campus Congonhas nas cidades de Belo Vale, Congonhas, Desterro de Entre Rios, Entre Rios, Jeceaba e Moeda. Ademais, foram entrevistados os coordenadores geral e adjunto do programa, 4 orientadores pedagógicos e 4 supervisores. A análise e a interpretação dos dados coletados foram realizadas com base na Análise de Conteúdo, na perspectiva de Bardin (2011), criando-se cinco categorias de análise. A maioria dos alunos permanentes do programa estudado que responderam o questionário é do sexo feminino, tem entre 15 e 18 anos, é solteira, não tem filhos, mora com os pais, família ou cônjuge em casa própria dos pais, entre outras características. Sobre a evasão, os principais fatores causadores apontados foram: a paralisação dos cursos, os atrasos no início e no fim do curso, a falta e/ou demora na contratação de professores e a dificuldade em conciliar família, trabalho e estudos. Em relação à permanência, os fatores mencionados pelos participantes da pesquisa de campo foram: curso de boa qualidade, gestão e organização do programa, melhoria na infraestrutura e regularização do calendário acadêmico. Observou-se que até o momento o IFMG campus Congonhas não tem nenhuma ação para minimizar a evasão no PRONATEC. As críticas com a maior frequência de respondentes foram: falta, no programa como um todo, planejamento, organização, comprometimento e incentivo da instituição e dos governantes; o atraso no cronograma dos cursos e o atraso no pagamento das bolsas atrapalham o bom funcionamento do programa. Portanto, foi possível verificar, por meio das respostas tanto dos entrevistados, quanto dos alunos permanentes, que o PRONATEC – IFMG campus Congonhas apresenta questões muito positivas como a ampliação do acesso da educação profissional para cidades do interior, mas também é necessário que haja uma avaliação e um remodelamento do programa caso continue em vigor.