Educação ou computação?: trajetória de mulheres mestras do CEFET-MG em áreas de humanas e tecnológicas
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica Brasil CEFET-MG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/487 |
Resumo: | A pesquisa objetiva analisar as trajetórias acadêmico-profissionais de mulheres tituladas como mestras em Educação Tecnológica e em Modelagem Matemática Computacional no Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET-MG, no período de 2005 a 2016, de forma a desvelar as dificuldades, o sexismo, os estereótipos e marcadores de gênero presentes em suas escolhas acadêmicas e profissionais, bem como as estratégias de resistência desenvolvidas. Reflexões acerca da permanente clivagem entre os sexos nas áreas de conhecimento e de trabalho consideradas “humanas e sociais” e outras de caráter “científico e tecnológico” são discutidas tendo como base teórica “os princípios norteadores da divisão sexual do trabalho” proposta por Hirata e Kérgoat (2007), nos quais existem trabalhos destinados às mulheres e trabalhos destinados aos homens, e que o trabalho do homem, em todas as sociedades conhecidas até os dias atuais, tem um valor social e econômico maior do que o da mulher. A divisão sexual do trabalho, como a forma de divisão social do trabalho decorrente das relações sociais de sexo, modelada histórica e socialmente, parte do pressuposto de que o lugar do homem é no espaço produtivo e o da mulher, no espaço reprodutivo ou doméstico. Destarte, apesar dos avanços femininos na área acadêmica e profissional, sua inserção e ascensão nas áreas de Ciência e Tecnologia (C&T) enfrentam ainda muitos obstáculos. Evidencia-se que a tecnologia é conjugada no masculino e às mulheres são destinadas áreas de atuação que se apresentam como prolongamentos das atividades domésticas, tal como a área de educação. Examinam-se as trajetórias acadêmicas das egressas de ambos os mestrados no período entre 2005 e 2016, bem como suas experiências e evoluções no mercado de trabalho. Apresenta-se um levantamento de dados e o perfil das Mestras realizando a exegese de excertos de falas de entrevistas semiestruturadas. Os achados sugerem que as trajetórias das mulheres que participaram das entrevistas foram marcadas por dificuldades e estratégias de resistências, de forma que estas mulheres alcançaram elevada ascensão nas suas carreiras devido ao engajamento e dedicação com vistas a obter um avanço na direção de maior qualificação profissional, vencendo preconceitos, dificuldades para estudar devido à tripla jornada de trabalho remunerado, tarefas domésticas, cuidados com os filhos, família e a realização dos estudos. Diante dessa realidade, essas mulheres corroboram a literatura estudada que prega a “segregação horizontal” (OLINTO, 2009) e o fenômeno do “labirinto de cristal” (LIMA, 2013), conceitos utilizados para descrever as barreiras enfrentadas pelas mulheres para conseguiram estar em determinadas áreas de conhecimento e de trabalho, segmentadas pelo sexismo e estereótipos de gênero. |